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Crianças prematuras: uma luta pela vida
Fantasias heróicas para simbolizar a luta de meninos e meninas que, mal nasceram, já precisam enfrentar grandes e adversos desafios. Foi assim, vestindo bebês prematuros com roupas de super-heróis que o Hospital Regional Nossa Senhora do Bom Conselho, em Arapiraca, encerrou as atividades do Novembro Roxo, mês dedicado a conscientização e a luta para prevenir o parto prematuro.
Internados na ala da UCI Canguru, os pequenos trajavam roupas em alusão a personagens de destacada força e coragem em filmes e desenhos infantis, como a Mulher Maravilha e o Capitão América. Foi o caso do pequeno Luiz, primeiro filho de Joyce, há quatro meses internado no Hospital Regional, desde que nasceu, em agosto deste ano. “Ele está bem”, disse a mãe com esperança e sorriso escondido pela máscara que a protege, ao seu bebê e a todos que ali estão.
Mães-heróis
Para a psicóloga Morgana Lucio, essas mulheres talvez sejam as grandes heroínas dessa narrativa, pois são delas que saem o reforço que os pequenos precisam para viver.
“Elas são a sensibilidade e a força de seus filhos. A coragem delas é que os mantém muitas vezes vivos e resistentes, apesar dos desafios imensos da prematuridade”, falou a profissional enquanto recebiam a visita de membros da Casa da Amizade, que foram levar doações e presentes.
Casa cheia
O Hospital Regional mantém atualmente sete crianças na UCI E quinze na UTI, uma lotação grande, segundo a enfermeira Andreia Lima, que se desdobrava entre atendimentos e a recepção festiva do momento.
“Há muitos casos de gestação em crianças e adolescentes na nossa região, que são fatores para a prematuridade”, disse ela entre a troca de uma fralda e a aferição de temperatura dos pequenos, numa rotina diária para deixá-los saudáveis e confortáveis.
Para a coordenadora do Núcleo de Humanização, Eliane Félix, apesar da rotina intensa e minuciosa, momentos como esses são necessários a saúde mental e emocional de familiares de crianças prematuras.
“Elas passam semanas, meses aqui. Os dias ficam cansativos e monótonos. Precisamos proporcionar isso para que tenham alegrias e esperança renovada”, comentou ela enquanto ajudava a ajustar as roupinhas dos gêmeos Heitor e Henry, nascidos em novembro, com 36 semanas de gestação.
Para o provedor do hospital, Geraldo Magela Pirauá, todos os esforços empenhados ali são necessários e fundamentais. “Cada criança que vence a prematuridade e volta para casa é uma vitória de todos nós”, comentou.
Uma alegria que Maria e o pequeno José “ Capitão América”, de Mata Verde, na cidade de Maribondo, esperam viver em breve, quando poderão finalmente viver novas aventuras, em casa.
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