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Em Alagoas, pai e filho viajam 227 km para garoto treinar no CSA
Quem tem a esperança de ser jogador profissional sabe que o futebol exige grandes sacrifícios. Nada vem fácil, mas alguns casos chamam muito atenção. Em Alagoas, o funcionário público Alécio Melo, conhecido como Kuca, viaja 227 quilômetros com o filho Pedro Ryan, de 12 anos, para o garoto treinar na base do CSA. Pai e filho moram em São José da Tapera, Sertão alagoano, e fazem uma viagem de quatro horas para Maceió, duas vezes por semana.
Quando mais novo, Kuca queria ser jogador de futebol. Não não conseguiu, mas seu filho herdou o talento e a vontade. São quase três anos nessa rotina, que fazem pai e filho se esforçarem para conciliar a bola com trabalho e estudos.
– O sonho dele de ser jogador é o sonho do pai também. Fazemos de tudo. O pessoal me chama até de louco, às vezes. Mas é a vontade do Pedro, o sonho dele. Meu filho vem treinando e o pessoal está gostando do trabalho desenvolvido. E o CSA vem ajudando ele aqui, dando um treinamento de qualidade- disse Alécio.
Pedro Ryan é atacante e tem Neymar como ídolo. Garoto franzino e habilidoso, ele projeta com muitos gols na carreira.
– Sonho em me tornar ótimo jogador de futebol para poder defender um grande clube, tipo Flamengo e Real Madrid. E também ser um goleador – disse o garoto.
Nos dias que viaja para Maceió, Pedro treina em dois horários no CSA. O pai revelou que tem um acordo com a escola que ele estuda para que as aulas que Pedro falta sejam repostas depois. A viagem mobiliza toda a família, e eles deixam São José da Tapera às 4h da madrugada nos dias de treinos, terças e quintas-feiras.
– Em dias de treino, eu e minha esposa (Maenny Silva) acordamos às 3h da madrugada, para organizarmos a alimentação, as roupas e os equipamentos de treino do Pedro. Às 3h30, acordamos ele, que se arruma para partimos para Maceió – contou o pai do garoto Ryan.
Cobrança também nos estudos
Alécio explicou que apesar da confiança que tem em que o filho se tornará jogador, ele orienta o filho para se dedicar aos estudos, e cobra muito dele na escola.
-Os professores e a escola dele nos ajudam muito também. Nós trabalhamos ele para escolher uma opção de profissão também. Sempre perguntamos o que ele quer ser, se não conseguir ser jogador de futebol, e ele sempre diz: ‘professor, doutor, etc.
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