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Autores pernambucanos são destaques da Praça da Palavra no FIG 2017
Rodas de conversa, recitais de poesia, contação de histórias, lançamento de livros de autores pernambucanos. A programação diária da Praça da Palavra tem promovido a aproximação entre o público que prestigia o Festival de Inverno de Garanhuns 2017 e a produção literária estadual. Nesta terça-feira (25), o espaço, localizado na Praça da Fonte, no Centro da cidade, serviu de palco para a diversidade e inventividade da literatura nordestina, que também prestou tributo ao grande homenageado do Festival, o cantor Belchior.
O dia começou com as palavras correndo soltas por Garanhuns. O projeto Livros Livres, que nasceu na edição do FIG de 2012, por meio da Coordenadoria de Literatura, aderiu à campanha nacional “Esqueça um livro”. Logo no início do dia, os moradores da cidade foram surpreendidos por publicações deixadas em espaços públicos. Ao todo, sessenta livros de gêneros diversos foram esquecidos para serem encontrados por novos leitores.
Na programação oficial, o público pode participar de um bate-papo com os escritores Paulo André Viana e Renê Ribeiro sobre “Oralidade e Literatura: Encenação de Histórias Assombradas da Mata e do Mar”. Na sequência, o Recife Assombrado foi mote para outra conversa com o autor Roberto Beltrão, que falou sobre as lendas que circundam o imaginário popular dos pernambucanos a exemplo das icônicas histórias da Cumadre Florzinha e a Perna Cabeluda.
Em parceira com a Bienal de Artes de São Paulo, que também acontece em Garanhuns, a Praça das Palavras recebeu o lançamento do livro “O Rei e o Baião”, organizado pelo artista plástico, poeta, cantor e compositor paraense Bené Fonteles. A publicação homenageia Luiz Gonzaga e mostra a trajetória de vida de um homem de origem simples que tornou-se uma majestade da cultura popular brasileira. Com apresentação de Gilberto Gil, o livro possui registros preciosos e textos poéticos do autor.
“A Palavra confessa” foi o tema de uma roda de conversa comandada por Stefanni Marion (SP) e a poeta Adélia Coelho, que realizaram um exercício aberto de produção de texto confessional. O momento também foi marcado pelo lançamento do livro “A Torre”, desenvolvido durante a oficina “Lab – A poesia confessa”, que aconteceu na Torre Malakoff, no Recife, com apoio do Governo do Estado por meio do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura. A poetiza Luna Vitrolira e o poeta Fred Caju, que participaram da oficina, estiveram presentes e recitaram versos de textos que estão na publicação.
Além do mestre Gonzaga, o cantor e compositor Belchior, grande homenageado do FIG 2017, também foi lembrado e teve seu trabalho traduzido por Cosme Rogério, da União Brasileira de Escritores, Núcleo Garanhuns. O escritor chegou acompanhado por músicos que executaram clássicos da carreira do cantor falecido há três meses. O que seria uma palestra se tornou uma aula espetáculo que misturou música e literatura e fez todo mundo se emocionar. O encerramento da programação ficou por conta de um recital protagonizado apenas por contadoras de histórias locais.
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