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Ataque a hospital de Aleppo viola novamente trégua na Síria
Um ataque de rebeldes sírios contra um hospital de Aleppo provocou a morte de dezenas de pessoas nesta terça-feira (3), em mais um sangrento capítulo do conflito que assola o país há cinco anos. De acordo com as emissoras locais de televisão, o hospital foi atingido por mísseis e bombas lançadas por rebeldes.
O hospital atingido é o de Al Dabit, uma área controlada por forças do Exército de Bashar al-Assad no norte da Síria.
Testemunhas relataram também dezenas de feridos, o que pode aumentar o número de vítimas nas próximas horas. Ainda não há um balanço oficial de mortos, mas o Observatório Nacional para os Direitos Humanos (OSDH) disse que 19 pessoas faleceram e 80 ficaram feridas em bombardeios em diversos bairros de Aleppo hoje, sem especificar quantos se referem ao ataque ao hospital. Este é o terceiro bombardeio em menos de uma semana a um centro de saúde na Síria. Na semana passada, um outro hospital de Aleppo, o Al-Quds, apoiado pela ONG Médicos Sem Fronteiras, também foi atacado, deixando 50 mortos. A cidade está dividida desde julho de 2012 entre jihadistas rebeldes e forças do governo.
Já em Raqqa, que é controlada pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI, ex-Isis), ataques da coalizão internacional liderada pelos norte-americanos mataram 13 civis e cinco jihadistas hoje. O papa Francisco fez um apelo no último domingo (1) para que os rebeldes e as autoridades sírias respeitassem o cessar-fogo, o qual entrou em vigor no fim de fevereiro. O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, esteve ontem em Genebra para tentar negociar a manutenção da trégua e salvar as negociações de paz, já que os combates aumentaram nos últimos nove dias na Síria, principalmente em Aleppo. “Estamos preparando um sistema de controle do cessar-fogo muito melhor”, declarou Kerry. “Teremos pessoas adicionais trabalhando em Genebra, 24 horas por dia, sete dias da semana”.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas se reúne nesta terça-feira, em Nova York, para votar a reafirmação de seus membros ao compromisso de proteger hospitais e profissionais de saúde em zonas de conflito.
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