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Milagre: Cantora baleada seis vezes durante ataque em Paris acorda do coma

28/12/2015
Milagre: Cantora baleada seis vezes durante ataque em Paris acorda do coma

 

A francesa de 31 anos é vocalista em uma banda e estava na platéia do show dos americanos do Eagles of Death Metal. Foto: )Foto: Reprodução / Facebook)

A francesa de 31 anos é vocalista em uma banda e estava na platéia do show dos americanos do Eagles of Death Metal. Foto: )Foto: Reprodução / Facebook)

A cantora Laura Croix, que sobreviveu aos ataques terroristas de Paris, está passando por uma recuperação considerada “milagrosa” desde que acordou do coma, no início deste mês. Laura foi atingida seis vezes no peito e na barriga enquanto assistia ao show da banda Eagles of Death Metal na casa de shows Bataclan, um dos alvos de extremistas naquela sexta-feira.

Segundo o jornal inglês “Daily Mail”, a francesa de 31 anos precisou passar por dez cirurgias e ficou duas semanas em coma. Laura, que é vocalista de uma banda, saiu do estado de coma no último dia 10, mas apresentava limitações e apenas se comunicava através de movimentos com os olhos.

Além dos ferimento à bala, Laura fraturou um braço e o quadril, perdeu dois dedos e teve que passar por uma traqueostomia de emergência. Segundo a família, desde que recuperou a voz passou a fazer perguntas sobre o ataque:

“A primeira coisa que ela quis saber foi o que aconteceu. Diz que teve pesadelos horríveis. Ela sabia que muitas pessoas tinham morrido. Mas ainda tinha muitas perguntas”, contou o irmão de Laura, Sébastien Croix. A cantora revelou à família que se lembra dos terroristas gritando “Allahu Akbar” (expressão em árabe “Deus é grande”) enquanto disparavam contra a multidão.

 

Apesar da rápida recuperação, os laudos médicos apontam que Laura pode passar o próximo ano em acompanhamento hospitalar antes de voltar à rotina. Mas sua família espera que ela possa retornar aos palcos o quanto antes.

Durante a ação, pelo menos 130 pessoas foram mortas e outras 352 feridas. França e Bélgica continuam na busca pelos suspeitos de participação nos ataques. Pelo menos oito extremistas foram mortos, sete durante a ação terrorista e o último em uma operação policial dias após o ataque.

As autoridades ainda não sabem precisar o número de envolvidos, mas acreditam que seja um grupo de, no mínimo, dez pessoas. Quatro continuam sendo procurados, entre eles Salah Abdeslam, considerado chefe da operação e que a polícia aponta como o “assaltante” citado na declaração do Estado Islâmico que reivindicava responsabilidade pelos ataques.