Indicadores auxiliam a traçar um plano de ação para 2016. Secretaria diz que tempo de permanência no hospital tem aumentado, por fatores adversos, o que significa um reflexo do elevado número de pacientes assistidos no HGE (Fotos: Olival Santos)

O número de atendimentos no Hospital Geral do Estado (HGE) bateu recorde no mês de julho. Foram 16.467 pacientes que precisaram dos serviços médicos e 2.339 internações. Diante deste aumento e, para evitar a superlotação, a secretária de Estado da Saúde (Sesau), Rozangela Wyszomirska, formou, nesta quinta-feira (10), um grupo técnico para agilizar a transferência dos pacientes para os leitos de retaguarda nos hospitais conveniados, evitando a superlotação na unidade.

A decisão foi tomada durante reunião com o Núcleo de Acesso à Qualidade Hospitalar (NAQH), realizada com apoiadores do Ministério da Saúde (MS), na Gerência do HGE. Segundo os dados apresentados, enquanto em julho deste ano o atendimento ultrapassou a marca de 16 mil, no mesmo período do ano passado o número não chegou a 13 mil assistidos.

“É através da percepção desses indicadores que nós podemos traçar um plano de ação para 2016. Temos percebido também que o tempo de permanência no hospital tem aumentado, por fatores adversos. Mas isso é um reflexo do elevado número de pacientes assistidos no HGE, maior hospital de urgência e emergência do Estado”, explicou a secretária de Estado da Saúde.

De acordo com os indicadores do HGE, em abril deste ano o tempo médio de permanência do paciente foi de 4,49 dias; em maio o número subiu para 4.95 dias; e em junho, 5,29 dias. “Em junho, nós tivemos 11.743 atendimentos de urgência e 2.047 internações. Em julho esse número de pacientes na urgência foi para 16.467 atendimentos e foram realizadas 2.339 internações”, informou Rozangela Wyszomirska.

“Vale ressaltar que também em julho foram 152 pacientes transferidos para o Hospital do Açúcar e 157 para o Sanatório”, revelou o chefe de planejamento do HGE, Anderson Gomes. “E tudo isso exige mais recursos e uma maior atuação da equipe”, completou a supervisora médica, Suely Suruagy.

O setor responsável pela urgência no HGE é a área amarela, uma das que sofrem com a crescente taxa de ocupação. “Em julho nós tivemos 93,32% do setor ocupado, com um tempo médio de 5,2 dias do paciente em internação. Por isso, nós decidimos que iremos investir na equipe que atende a área amarela, para que os internados sejam ainda melhor assistidos pelo hospital”, informou Rozangela Wyszomirska.

Além da equipe do HGE, estiveram presentes os apoiadores do Ministério da Saúde, Sônia Moura, Jackson Vilela e Valdemar Murakami; o superintendente de auditoria da Sesau, D’Narte Bastos; e o assessor da superintendência de média e alta complexidade, Rogério Barbosa.