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Brasília comemora 18 anos de implantação da faixa de pedestre

01/04/2015
Brasília comemora 18 anos de implantação da faixa de pedestre
Policiais usaram técnicas teatrais para orientar a comunidade sobre a travessia segura da faixa de pedestre Antônio Cruz/Agência Brasil

Policiais usaram técnicas teatrais para orientar a comunidade sobre a travessia segura da faixa de pedestre Antônio Cruz/Agência Brasil

“Não podemos perder essa qualidade de vida que criamos na cidade”, disse o major do Batalhão de Policiamento de Trânsito em Brasília (BPTran), Magno Antônio, ao comentar os 18 anos de implantação da faixa de pedestre na capital federal, comemorados hoje (1º).
Magno Antônio tem uma relação profissional com a faixa de pedestre. Na época da implantação da medida, em 1º de abril de 1997, ele era aspirante na corporação do BPTran. Conforme lembrou, a ideia foi trazida para Brasília pelo coronel Renato Fernandes de Azevedo, comandante do batalhão à época. O comandante se baseou na observação que fez sobre o uso da faixa de pedestre em viagens que fez a vários países.
A faixa de pedestre, que hoje faz parte da rotina dos moradores de Brasília, recebeu homenagens de policiais do BPTran. Hoje pela manhã, os policiais estiveram no local onde foi implantada a primeira faixa de pedestre, na Super Quadra 308, na Asa Sul. Lá, os policiais usaram técnicas de teatro para orientar, de forma lúdica, alunos das escolas do Distrito Federal sobre as leis de trânsito. ,
Ana Paula, 9 anos, aluna da Escola Classe 308 Sul, após assistir a uma aula dos policiais sobre travessia segura, disse: “Não podemos passar correndo ou falando no celular. E também devemos descer da bicicleta para evitar acidentes”.
“Brasília, por ser referência para outras cidades do país [em termos de faixa de pedestres, deveria organizar] campanhas durante todo o ano”, disse o professor aposentado Jacinto Guerra, de 79 anos, que também assistiu às aulas dos policiais. E acrescentou: “Eu tenho, [apesar da minha idade],segurança ao atravessar as ruas e acho até que o respeito à faixa estimula as pessoas a andarem a pé pela cidade. É um gesto de cidadania”.
Juan Costa da Silva, de 25 anos, comentou: “Só não podemos esquecer que o pedestre e o motorista têm uma parte nessa relação [com o trânsito]. Como motorista, eu vejo muitas pessoas que já vão entrando na faixa sem sinalizar. Cada um tem [consciência sobre como] fazer a sua parte”.
A opinião é compartilhada por Diana Oliveira, de 42 anos. Ela passeia frequentemente com o filho Matheus, de 1 ano e 4 meses, pelas quadras da Asa Sul. Hoje, após assistir às orientações dos policiais, ela disse que as crianças assimilam rápido as normas sobre a travessia segura da faixa de pedestre: “De tanto me ver fazendo o sinal, Matheus tenta me imitar e joga as mãos pra frente quando chega à beira da rua”, disse.