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Justa Homenagem

16/11/2019
Justa Homenagem

Frase proferida na ocasião que o  doutor Ivan Bezerra de Barros fora recipendiário pelo Pleno do Tribunal Regional do Trabalho da 19ª Regional do TRT/AL ( 31.10.2019), Placa de Bronze que o imortaliza como primeiro biógrafo do inolvidável jurisconsulto Pontes de Miranda. “ Guardarei essa placa para mostrar aos meus netos, aos meus filhos, com muita honra para que eles saibam que esse dia recebo essa homenagem. Pela minha amizade com Pontes de Miranda, eu externo meu agradecimento e quero registrar a minha emoção  e eterna gratidão”.

Dizendo isso, fora encerrada a Magna Solenidade que, por sinal, fez justiça a um homem público probo. Conheço-o há décadas. Culto, simples, amigo legal, repórter da extinta Manchete, vetusto sócio da ABI, bem como da Associação Alagoana de Imprensa (AAI). Inspirou-se para fundar a Tribuna do Sertão, o melhor/maior Semanário do hinterland alagoano. Hoje, dirigido pelo seu preclaro filho Vladimir Barros, que, por sua vez, agiganta um periódico que se tornou referência nacional.

Dir-se-ia sem medo de errar: Ivan Barros é, por excelência, o mais atuante escritor-historiador da Princesa das Matas. Homem de visão capaz de acreditar no futuro deste País que atravessa sua história com altivez. Gigante pela própria natureza. Representa a América Latina pela sua pujança socioeconômica. E, porque não dizer, pelos vultos históricos que deixaram marcas indeléveis que a poeira do tempo não conseguirá apagar.

Sinto-me vaidoso privar de sua fidalga amizade. Numa solenidade em Maceió,  reencontrei-o,  dei-lhe um abraço fraterno e ele sapecou: “ Jornalista convido-o para escrever na minha Tribuna do Sertão. Colabore com meu Semanário para expor suas ideias de intelectual”.Dezesseis anos se passaram. Semanalmente envio minha modesta contribuição. E o prestigiado Vladimir Barros autoriza a impressão. Agradeço-lhe a deferência fazendo jus a amizade de seu genitor, bem como a dele que representa a geração nova dos comunicadores caetés.

Dentre sua produção literária, destaco trinta nove obras versando sobre o direito, história, comunicação, pessoas, lugares, e, principalmente, na seara da Ciência Jurídica que honrou como promotor de justiça do Ministério Público Estadual.Orador consagrado do seu tempo. Denunciou  dezenas de protagonistas  que desrespeitaram à lei. E, por conseguinte, receberam a condenação de um homem que serviu à coletividade local a contento.

Ei-lo imortalizado com os seguintes livros. Palmeira dos Índios, Terra  e Gente – 1966); Reportagens – Assuntos Jurídicos – Sergasa 1974); Roteiro Sentimental de Graciliano Ramos- Sergasa 1978); O Homem do Terno Branco – Sergasa 1978); Graciliano Era Assim – Sergasa  1978); Como Salvar o Município – Edição Grafitex / 1974); O Direito Morreu? – Editora Leggis Suma / SP – 1978); Pontes de Miranda – O Jurisconsulto – Editora  Valei Ltda – Brasíla 1979); O Prefeito que virou Best-Seller – Edições Bagaço); Memórias de um Promotor de Justiça, Edições Bagaço / 2012); Nos meus Tempos – Edições Bagaço -2013); Francisco, o Papa dos Pobres – Edições Bagaço – 2014).