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Exterior traz alívio e juros longos fecham em leve queda; curtos ficam de lado
Os juros futuros fecharam a sessão desta terça-feira, 13, em leve queda na ponta longa da curva, refletindo essencialmente o cenário externo. O anúncio do governo americano de que vai suspender a aplicação de algumas tarifas a produtos chineses, e adiar a entrada em vigor de outras, trouxe alívio, mas a percepção do mercado é de que o cenário internacional ainda é de muitas incertezas. Em especial a questão da eleição na Argentina merece atenção. As taxas curtas e intermediárias permaneceram de lado, refletindo a agenda doméstica esvaziada e falta de notícias capazes de mexer com as apostas para a política monetária.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 fechou estável em 5,39% e a do DI para janeiro de 2023 caiu de 6,391% na segunda no ajuste para 6,36%. A taxa do DI para janeiro de 2025 terminou em 6,87%, de 6,881%. O dólar à vista fechou cotado em R$ 3,9678, baixa de 0,39%.
A trajetória de queda das taxas ganhou forma no meio da manhã, após Trump anunciar a suspensão e o adiamento de tarifasã. “Depois disso, o dólar voltou bem e junto trouxe a curva inteira, foi o principal movimento dos juros”, afirmou o trader da Sicredi Asset, Cássio Andrade Xavier, lembrando que até então os mercados estavam estressados pelo pessimismo sobre o acordo comercial, com o núcleo do CPI americano acima das estimativas e com as tensões políticas em Hong Kong e na Itália.
Segundo ele, contudo as dúvidas sobre “o grau de contágio da Argentina nos ativos locais” limitaram o movimento positivo. Os efeitos das primárias da eleição presidencial do domingo, que mostraram que dificilmente o presidente Mauricio Macri, com sua agenda pró-mercado, conseguirá se reeleger, foram suplantados pelas notícias sobre a China e os Estados Unidos, mas os investidores seguem monitorando a situação.
“Isso não afeta o mundo, mas afeta o Brasil, pois eles são um dos nossos principais parceiros comerciais”, diz um gestor. Apesar dos fundamentos econômicos no Brasil serem bem mais sólidos, é difícil que os ativos domésticos consigam passar incólumes e o grande termômetro é o câmbio e suas implicações para o corte da Selic.
No fim da manhã, o Tesouro Nacional realizou leilão de NTN-B, repetindo o lote de até 1,150 milhão ofertado na operação anterior, colocado integralmente e com taxas dentro do consenso do mercado.
Autor: Denise Abarca
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