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Bolsas da Europa caem em ambiente de mais pessimismo sobre quadro global
Um quadro de maior cautela com a economia pelo mundo, após indicadores fracos da China e na própria zona do euro, penalizou as bolsas europeias nesta sexta-feira, 14. Além disso, o Banco Central da Alemanha (Bundesbank) reduziu projeções de crescimento do país neste e no próximo ano, enquanto investidores monitoraram o desenrolar do processo para a saída do Reino Unido da União Europeia, o chamado Brexit.
O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em baixa de 0,63%, em 347,21 pontos, e na comparação semanal registrou alta de 0,51%.
Na agenda de indicadores europeia, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto preliminar da zona do euro recuou de 52,7 em novembro a 51,3 em dezembro, na mínima em 49 meses, ante expectativa de estabilidade dos economistas. O PMI composto da Alemanha, por sua vez, teve baixa de 52,3 em novembro a 52,2 em dezembro, na mínima em 48 meses. Na França, o PMI composto recuou de 54,2 em novembro a 49,3 na preliminar de dezembro, pressionando o resultado na zona do euro e também com o país já afetado pelos grandes protestos contra o governo de Emmanuel Macron.
Na Alemanha, o Bundesbank projetou que o país deve crescer 1,5% em 2018 e 1,6% em 2019, quando antes previa ganhos de 2,0% e 1,9%, respectivamente. Para 2020, foi mantida a previsão de crescimento de 1,6%, com alta de 1,5% em 2021. Indicadores chineses piores do que o esperado também colaboraram para o mau humor na Europa, com vários analistas apontando que o mundo deve crescer menos do que o antes projetado.
Além disso, foi monitorado o Brexit. A premiê Theresa May confirmou que pretende levar o acordo para votação no Parlamento britânico até 21 de janeiro. Já o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, afirmou que não há espaço para renegociação do acordo com Londres, neste momento.
Na bolsa de Londres, o índice FTSE-100 fechou em baixa de 0,47%, em 6.845,17 pontos, e na comparação semanal avançou 0,99%. Entre os bancos britânicos, Lloyds caiu 0,77% e Barclays, 0,36%. A mineradora Glencore recuou 1,86%, enquanto a petroleira BP cedeu 0,29%.
Em Frankfurt, o índice DAX recuou 0,54%, a 10.865,77 pontos, e na semana subiu 0,72%. Deutsche Bank registrou baixa de 0,15% e Commerzbank, de 3,04%. Já no setor de energia, E.ON subiu 0,12%.
Na bolsa de Paris, o CAC-40 teve queda de 0,88%, a 4.853,70 pontos, e na comparação semanal subiu 0,84%. Entre as ações mais negociadas, AXA caiu 0,61%, Total subiu 0,33% e Orange teve baixa de 0,38%.
O índice FTSE-MIB, da bolsa de Milão, fechou em queda de 0,72%, em 18.910,79 pontos, e na semana subiu 0,90%. Banca Carige fechou estável, Intesa Sanpaolo caiu 0,89% e Telecom Italia teve queda de 0,53%, entre os mais negociados, enquanto UniCredit caiu 1,19%.
Na bolsa de Madri, o índice IBEX-35 recuou 0,45%, a 8.886,10 pontos, e na comparação semanal subiu 0,80%. Santander caiu 0,28% e Telefónica cedeu 0,50%, mas Iberdrola avançou 0,31%.
Em Lisboa, o índice PSI-20 fechou com baixa de 0,41%, em 4.803,42 pontos, e na semana teve queda de 0,69%. Banco Comercial Português caiu 1,63%, enquanto Ibersol subiu 0,74%. (Com informações da Dow Jones Newswires)
Autor: Gabriel Bueno da Costa
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