Política
Confusão: tumulto suspende sessão do Congresso sobre vetos presidenciais
Diversos deputados subiram no espaço da Mesa Diretora da Câmara, durante sessão do Congresso Nacional, para protestar contra o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE). Seguranças legislativos tiveram que fazer um cordão de isolamento para proteger o peemedebista e os outros integrantes da Mesa.
A confusão fez com que Oliveira interrompesse a sessão desta terça-feira – que serve para votar vetos presidenciais e limpar a pauta para apreciação da alteração da meta fiscal – por alguns minutos. A confusão começou durante a ausência de Oliveira, que foi substituído pelo senador João Alberto Souza (PMDB-MA) no comando dos trabalhos.
Durante votação do sétimo item da pauta, que trata sobre cartão reforma, o deputado Weverton Rocha (PDT-MA) fez uma questão de ordem. João Alberto rejeitou a questão, sem nem sequer ouvi-la. Mesmo sob protestos de Rocha e outros parlamentares, o senador manteve a posição, interrompeu o microfone de Rocha e continuou a votação sobre o veto.
Em seguida, Oliveira voltou e reassumiu a mesa, mas também não atendeu os pleitos dos parlamentares que gritavam pedindo que ele reconsiderasse a questão e encerrou a votação. Na sequência, começaram diversos protestos contra o presidente, alegando que ele desrespeitou as normas da Casa e não ouviu todos os congressistas.
Objetos arremessados
Weverton chegou a arremessar um regimento em direção à Mesa Diretora, mas ninguém foi atingido pelo objeto. Ele e cerca de outros dez deputados subiram até a mesa, exaltados, bradando contra a decisão da presidência, entre eles Paulo Pimenta (PT-RS).
No momento da briga, haviam sido analisados apenas seis itens, de um total de 18 vetos presidenciais que trancam a pauta de votações.
Desenrolar
Após dez horas de deliberações, Eunício Oliveira encerrou a sessão para análise de vetos presidenciais que trancam a pauta por falta de quórum. Ele marcou uma nova sessão conjunta da Câmara e do Senado para esta quarta-feira (30), a partir das 13h.
Ao anunciar o término da sessão, Eunício destacou que não havia número suficiente de senadores para apreciar o veto sobre a medida provisória das concessões, que foi derrubada pelos deputados instantes antes e precisava ter resultado confirmado ou não pelo Senado. Naquele momento, estavam presentes 17 senadores – seriam necessários 41 para votação.
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