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Mulheres comandam maioria das Gerências Regionais de Educação em Alagoas

08/03/2016
Mulheres comandam maioria das Gerências Regionais de Educação em Alagoas
Natureza feminina faz a diferença no modelo de gestão educacional no século XXI (Foto: Ascom/Seduc)

Natureza feminina faz a diferença no modelo de gestão educacional no século XXI (Foto: Ascom/Seduc)

Durante séculos, a educação foi um espaço de emancipação e afirmação da mulher. Hoje, em pleno século XXI, e no dia em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, a presença feminina no meio educacional continua forte.

 

É o caso da rede pública estadual: das 13 Gerências Regionais de Educação (Geres) – órgãos que funcionam como minirrepresentações da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) em todo o Estado – nove são comandadas por mulheres.

Fabiana Rocha (2ª Rocha), Rosileide Queiroz (4ª Gere), Wilany Felix (5ª Gere), Ana Maria Oliveira (6ª Gere), Elisabete Melo (7a Gere), Andréa Wanderley (8ª Gere), Fátima Nunes (9ª Gere), Emanuella Ferreira (11ª Gere) e Mônica Sarmento (13ª Gere) têm sob sua responsabilidade 198 escolas estaduais em 69 municípios alagoanos e a formação de crianças e jovens de todo o Estado.

Questionadas sobre o papel da mulher na educação pública, as gerentes destacam como a natureza feminina faz a diferença no modelo de gestão no século XXI, onde se demandam gestores com um olhar amplo, aguçado e detalhista, mas, também, com habilidades para conciliar, agregar e motivar. Aspectos inerentes à natureza feminina em virtude de sua psique maternal.

Confira abaixo o depoimento das nove gerentes:

Fabian​a​ Rocha: “A figura feminina traz traços positivos de zelo, carinho, dinamismo e conquistas para a educação. Atuar em funções de gestão requer uma responsabilidade de via dupla no seu entorno e o toque feminino traz a delicadeza, a compreensão, a criatividade e força necessária à superação das dificuldades”.

Rosileide Queiroz: “Zelo, organização e o sentimento de querer fazer diferente são indispensáveis para o sucesso de uma gestão. O olhar sensível da mulher é um precioso canal para se construir uma futura e promissora gestão, e o sucesso dos seus resultados serão sempre consequências de um olhar mobilizante capaz de atingir toda a equipe”.

Wilany Felix: “Temos um olhar diferenciado na prática pedagógica e no cotidiano da escola, além da habilidade para agregar, acolher e descentralizar ações. Hoje, com a gestão democrática, que possibilita a participação de todos os segmentos da escola na gestão, a mulher é articulada e tem facilidade para delegar tarefas”.

Ana Maria Oliveira: “A educação abraça os que a fazem tal qual uma mãe abraça os seus filhos, desencadeando um processo de ensinar e aprender baseado na conquista pelo afeto, na luta pelo carinho, no conduzir pelo abraço. Gerir a educação é um desafio. Uma mulher gerindo a educação é desafio vencido”.

Elisabete Melo: “A elegância, gentileza, a sensibilidade e a insistência da mulher faz com que esta alcance objetivos rapidamente. Somos pacientes, temos argumentos precisos e olhar firme e, como gestoras, as mulheres são dotadas de visão rápida inovadora, pois administram casa, cuidam de filhos e são profissionais de sucesso, o que já demonstra uma visão macro das coisas”.

Andréa Wanderley:  “A mulher, por essência, é compreensiva e tem olhar diferenciado para a educação: é dócil, observadora, não age precipitadamente. A mulher é, para a educação, como uma mãe para um filho, não desiste nunca e sempre luta pela sua melhoria”.

Fátima Nunes: “A natureza feminina tem o poder de influenciar positivamente a educação em virtude da sua sensibilidade e força transformadoras. A mulher é sensível e abnegada aos compromissos assumidos para consigo e para com a sociedade, advindo daí o poder transformador que utiliza para aperfeiçoar a gestão administrativa”.

Emanuella Ferreira: “As mulheres têm a habilidade de agregar atividades nesse ínterim de novas funções sem desagregar aquelas que já assumia.Esse diferencial feminino é natural, pois somos atentas, articuladas, questionadoras e guerreiras. Não tenho dúvida de que temos sim um olhar materno para a educação”.

Mônica Sarmento: “Considerando que a educação é também regida pela absolvição de ações que demonstrem afeto, aproximando o educando do educador e viabilizando um ambiente agradável e que facilita o processo ensino-aprendizagem, a mulher é, sem dúvida, um ser com essência afetiva aguçada. O sucesso não depende do gênero, mas da capacidade de saber balancear as situações com razão e pitadas de afeto”.