Geral

Instituto de Terras de Alagoas potencializa inclusão social

23/03/2015
Instituto de Terras de Alagoas potencializa inclusão social
Uma das premissas do Iteral é contribuir positivamente para a inclusão social de homens e mulheres do campo; diretor-presidente do Iteral , Jaime Silva, mostra mapeamento de assentamentos e ressalta que um outro papel do órgão é ajudar na ponte entre o homem do campo e o Estado e não deixar os agricultores sem assistência (Fotos: Ailton Cruz)

Uma das premissas do Iteral é contribuir positivamente para a inclusão social de homens e mulheres do campo; diretor-presidente do Iteral , Jaime Silva, mostra mapeamento de assentamentos e ressalta que um outro papel do órgão é ajudar na ponte entre o homem do campo e o Estado e não deixar os agricultores sem assistência (Fotos: Ailton Cruz)

Contribuir positivamente para a inclusão social do homem no campo, por meio da reforma agrária. Essa é a premissa base do Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral) que, atualmente, monitora cerca de 3.200 famílias de 284 assentamentos espalhados por todo o estado.
Via Instituto, em parceria com o governo federal, os pequenos produtores recebem apoio técnico e financeiro para a realização das atividades rurais, passam a potencializar as produções e, assim, garantir o sustento para as famílias e a viabilidade das terras.
Apesar da atuação no subsídio aos pequenos produtores, o diretor-presidente do Iteral, Jaime Silva, também lembra que o Instituto é peça essencial na mediação de conflitos agrários.
“No último dia 18 de março, representantes de movimentos sociais estiveram reunidos em nossa sede para conversar conosco e nos trazer algumas demandas referentes aos assentamentos. Nós sentamos e tivemos a confiança dos líderes para fazer o encaminhamento dessas demandas para os setores responsáveis”, explicou Silva, reforçando também a preocupação do governo com os produtores rurais.
“Nossa missão também é ajudar nessa ponte entre o homem do campo e o Estado. Uma das preocupações do governador Renan Filho é não deixar os agricultores sem assistência. Eles procuram o Iteral, e nós fazemos os devidos encaminhamentos, tendo a confiança deles de que as questões serão analisadas com celeridade pelo Estado. Somos uma canal aberto”.
De acordo com o diretor-presidente, o Iteral mantém parceria com a Cooperativa Agropecuária Regional de Palmeira dos Índios (Carpil) e com a Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Alagoas (Fetag) para garantir assistência técnica aos agricultores e agilidade aos processos pendentes, provenientes do Banco da Terra. “São parceiros importantes, que fazem com que tenhamos uma maior amplitude de atendimento para atender as demandas”, destacou.

Programa de crédito

Os produtores ligados ao Iteral, além de assistência técnica, também recebem apoio financeiro, graças ao Programa Nacional de Crédito Fundiário. Criado pelo Governo Federal, o recurso possibilita que milhares de pequenos agricultores obtenham financiamento para COMPRAR terra e explorá-la em regime familiar.
O valor do crédito concedido às famílias varia de R$ 5 mil até R$ 40 mil. A taxa de juros é de 2% a 5% e o prazo de pagamento, de 14 a 17 anos, em função do valor financiado. Além disto, é concedido um prazo de carência de até dois anos para o pagamento da primeira parcela.
Porém, para ter acesso ao crédito, é preciso assegurar a produção nas terras em contrapartida.
“Uma vez que a terra é cedida, e o produtor tem acesso ao crédito, nós fazemos o trabalho de acompanhamento para que eles tenham condições de produzirem e garantir o próprio sustento. Sabemos que, por vezes, existem dificuldades, mas existe uma grande flexibilidade para que os agricultores possam regularizar possíveis pendências. Caso não aja essa regularização, a terra é destinada a outro produtor, dando, assim, sequência ao trabalho de reforma agrária”, concluiu Jaime Silva.