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Atenção Básica soluciona 80% dos problemas de saúde da população, afirma secretária

20/03/2015
Atenção Básica soluciona 80% dos problemas de saúde da população, afirma secretária

Atencao BasicaDurante palestra no III Encontro de Médicos da Família, a secretária de Estado da Saúde, Rozangela Wyszomirska, reforçou a importância da Atenção Básica, que resolve 80% dos problemas de saúde da população. O evento, promovido pelo Sindicato dos Médicos de Alagoas (Sinmed/AL), foi realizado nesta quinta-feira (19), durante o qual a gestora da saúde estadual destacou a relevância do Programa Saúde da Família (PSF).
Rozangela Wyszomirska apresentou a situação do PSF no Estado, evidenciando os resultados positivos que uma Atenção Básica eficaz pode garantir à saúde dos alagoanos. “Há 13 anos presente em Alagoas, as equipes de PSF cresceram 40% e a população cadastrada é maior que 70% na maioria dos municípios alagoanos”, informou a gestora estadual. Ela acrescentou que apenas Maceió, Viçosa e Delmiro Gouveia têm população cadastrada entre 31% e 70%.
Segundo alertou a secretária de Estado da Saúde, a maioria das internações da Média e Alta Complexidade acontece porque a Atenção Básica não teve resolutividade. Conforme pontuou Wyszomirska, de janeiro a julho de 2014, aconteceram 34,7% de internações que poderiam ter sido evitadas caso os pacientes tivessem sido tratados nas unidades de saúde. “Nesse período, foram 10.478 internações que, em suma, tiveram como causas gastroenterite, insuficiência cardíaca e diabetes”, disse.
A secretária de Estado da Saúde lembrou a maioria dos problemas de saúde deve ser tratada inicialmente nas unidades de saúde e que essa iniciativa permitiria que os leitos sejam utilizados, realmente, em casos de urgência. Um exemplo é o número de citologias realizadas, que não alcançou metade da meta preconizada. “A medida, que visa prevenir o câncer de colo de útero, pode causar um dano ao paciente e um custo desnecessário ao SUS”, disse.
Para a médica do PSF de Maceió, Maria Rosiete Carneiro, a população do bairro da Pitanguinha, onde ela atua, já tem o hábito de se dirigir à urgência ou especialidade apenas em segunda instância. “Isso se deve a um trabalho de orientação realizado na unidade de saúde e na visita aos pacientes em suas residências”, destacou.
Rozangela Wyszomirska disse, ainda, que as visitas às regiões de saúde do Estado visam pactuar a regionalização dos serviços, como também priorizar a Atenção Básica e suas responsabilidades. O presidente do Sinmed, Wellington Galvão, defendeu que toda a iniciativa da Sesau é bem vinda, a exemplo dos incentivos estaduais, como o Prosaúde, lembrando que o desfinanciamento do SUS existe, por parte do Governo Federal.