Política
Candidato ao Senado, Coronel Brito, agride eleitora na frente de policial militar
Um vídeo compartilhado em redes sociais mostra o candidato ao Senado Coronel Brito (PTC) agredindo com tapa no rosto uma eleitora na manhã deste domingo (5). A agressão acontece na frente de um policial militar, que nada faz. Quem estava presente no local se revoltou contra a atitude do candidato.
Nas imagens, fica claro que policiais que estão no local seguram a vítima após a agressão, impedindo que ela acompanhe o candidato.
A assessoria de comunicação da Polícia Militar (PM) informou que duas viaturas foram acionadas e que foram feitas diligências para conduzir o coronel à Central de Flagrantes, no bairro do Pinheiro, mas que ele não foi encontrado.
A vítima foi levada à Central de Flagrantes e orientada a procurar, em seguida, a Corregedoria Geral da corporação, para a instauração das medidas correcionais cabíveis.
Não se sabe, ainda, se a guarnição que presenciou a ação será punida, já que o comandante geral, coronel Marcus Pinheiro, analisa as imagens junto com a Corregedoria Geral. “Vamos abrir procedimento administrativo, também, para apurar possível transgressão cometida pelos militares responsáveis pelo policiamento no local”, disse o tenente PM Cardoso.
MPE
As promotoras Maria José Alves e Silvana Abreu foram informadas do fato e adotaram as medidas cabíveis, inclusive, comunicando ao juiz Geraldo Amorim a ocorrência.
A promotora Maria José Alves diz que chegou à Escola Estadual de Ensino Fundamental Padre Pinho, no bairro de Cruz das Almas, minutos depois do ocorrido, momento em que a vítima ainda se encontrava no local e bastante nervosa.
“Por coincidência chegamos instantes após a agressão. Fizemos um levantamento do caso e encaminhamos a senhora Marta Celeste de Oliveira Mesquita à delegacia, orientando-a registrar um boletim de ocorrência contra o candidato. Também pedimos que algumas pessoas se dispusessem a testemunhar sobre o ocorrido e facilmente cinco cidadãos logo se ofereceram. Na sequência, comuniquei o fato à colega Silvana Abreu, promotora titular da 2a zona eleitoral, que, de imediato, relatou o fato ao magistrado”, detalhou a promotora que atua como substituta.
“Poderia ser um candidato à Presidência da República, o tratamento seria o mesmo. Determinamos que o Comando Geral localizasse o militar e procedesse a sua prisão”, confirmou o juiz Geraldo Amorim.
“O crime foi configurado como contravenção penal de vias de fato. É por esse ilícito que ele deverá ser denunciado pelo Ministério Público, sendo enquadrado na Lei n° 9.099/95”, acrescentou a promotora Maria José Alves.
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