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França poupa, fica no zero com Equador, avança como líder e elimina primeiro sul-americano

25/06/2014
França poupa, fica no zero com Equador, avança como líder e elimina primeiro sul-americano

Minda marca Benzema no jogo entre Equador e França

Minda marca Benzema no jogo entre Equador e França

A França poupou titulares, cumpriu o seu objetivo e confirmou a vaga nas oitavas de final. O Equador lutou, foi valente, mas acabou sendo a primeira equipe sul-americana eliminada da Copa do Mundo de 2014. O empate por 0 a 0, nesta quarta-feira, no Rio de Janeiro, não entrou para a lista dos grandes duelos da competição, mas gerou emoções distintas nas torcidas presentes no Maracanã.
Apoiada pela grande colônia do país que mora no Rio, a França atuou com um time misto e desta vez fez apenas o suficiente para garantir o primeiro lugar do grupo E, depois de goleadas sobre Honduras e Suíça. Nas oitavas, os Le Bleus vão enfrentar a Nigéria, na próxima segunda-feira, em Brasília.
Do outro lado, faltou pouco para a festa sul-americana ficar completa no Mundial do Brasil. Com quatro pontos em três partidas, o Equador ficou em terceiro lugar do grupo e lamenta o gol sofrido nos acréscimos na estreia, que deu aos suíços a vitória por 2 a 1 e a segunda colocação. Não faltou, no entanto, incentivo dos torcedores equatorianos no Maracanã, que, apesar da eliminação, deram mais uma amostra da energia da América do Sul. Dos seis times do continente, cinco (Brasil, Argentina, Chile, Colômbia e Uruguai) avançaram para a próxima fase.
Em duelo equilibrado nesta quarta, os franceses tiveram mais posse de bola e trabalharam melhor o jogo no meio-campo. Sem conseguir o controle da partida em nenhum momento, o Equador ficou dependente dos lances em contra-ataques e ainda se complicou com a expulsão de Antonio Valencia no começo do segundo tempo.

    O jogo

Só uma “tragédia” tiraria a classificação da França, e o técnico Didier Deschamps optou por poupar alguns titulares no Maracanã. Foram seis mudanças em relação ao time que goleou a Suíça na rodada anterior. Saíram Varane, Debuchy, Evra, Valbuena e Giroud, além do suspenso Cabaye. Do outro lado, precisando da vitória para avançar, o Equador foi a campo com força máxima, incluindo o zagueiro Erazo, do Flamengo, bastante aplaudido pela torcida brasileira no anúncio das escalações.
Mesmo com um time modificado e com a vaga nas oitavas encaminhada, foi a seleção francesa quem tomou a iniciativa de buscar o ataque na maior parte do tempo. A atuação do time nesta quarta não tinha a mesma beleza da melodia da “Marselhesa”, hino do país entoado pela torcida nas arquibancadas, mas foi sufiente para assustar. Um chute de Sissoko, outro de Benzema e uma cabeçada de Pogba foram as principais chances no primeiro tempo.
Embalados pelos gritos de “sí, se puede” dos torcedores, os equatorianos não conseguiram ter o domínio do meio-campo para pressionarem, mas criaram algumas chances nos contragolpes e aproveitando vacilos da defesa adversária. Nas melhores oportunidades, o goleiro Llorris apareceu bem em chute de Arroyo e em cabeçada de Enner Valencia.
O equilíbrio no número de chances da primeira etapa não era suficiente para o Equador, que voltou após o intervalo tentando adotar uma postura mais ofensiva. Logo no início, porém, foi a França que quase abriu o placar em finalização de Griezmann, que exigiu boa defesa de Domínguez e a bola ainda pegou na trave.
Na sequência, aos 5 minutos, a missão equatoriana se complicou. Antonio Valencia entrou de forma dura em Digne, acertou o tornozelo do rival e acabou recebendo o cartão vermelho. Com um homem a menos em campo, a equipe do técnico Reinaldo Rueda não perdeu a valentia, mas deu mais espaços para os franceses.
Mesmo assim, Noboa teve ótima chance de marcar após passe de Enner Valencia, mas chutou mal. O jogo ficou lá e cá, e os franceses, que tinham maior posse de bola, também chegaram perto com Matuidi e mais tarde com Pogba. O nível da partida não era alto, esfriou ainda mais no segundo tempo e, mesmo precisando da vitória, o Equador não conseguia chegar à frente com frequência.
Aos poucos, Deschamps foi fazendo substituições na França e colocando alguns titulares. Entraram Varane, Giroud e Remy para as saída de Sakho, Matuidi e Griezmann.
Nos minutos finais, os sul-americanos quase chegaram lá em um chute de Ibarra, mas Lloris fez boa defesa. Um gol, entretanto, não seria suficiente, já que a Suíça fazia 3 a 0 em Honduras em Salvador e superava o saldo de gols equatoriano. Os europeus ainda responderam duas vezes, com Benzema e Remy, mas o goleiro Domínguez salvo novamente.
O placar final de 0 a 0 no Maracanã não agradou quem esperava um grande jogo, mas certamente deixou os franceses felizes com o objetivo cumprido. Aos equatorianos, ficaram os aplausos de reconhecimento pela luta, e que a festa sul-americana continue pelos estádios do Brasil.