Internacional
Rússia, China e Índia podem desafiar hegemonia econômica dos EUA, diz mídia

A Rússia, a China e a Índia têm potencial para formar um bloco econômico capaz de enfrentar a política comercial dos EUA, segundo a avaliação publicada pela agência Bloomberg, que destacou a crescente relevância da cooperação entre os três gigantes asiáticos.
Moscou, Pequim e Nova Deli podem promover mudanças significativas na economia global e ajudar outros países a enfrentar a política comercial do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, escreve o artigo.
"Eles [os líderes da Rússia, China e Índia] dispõem do maior potencial para mudanças econômicas reais, e podem oferecer ao mundo a capacidade de resistir às ameaças de Trump de impor sofrimento financeiro [aos países] por desafiarem os EUA", indica o texto.
A agência ressalta que Moscou, Pequim e Nova Deli já estão unidas pelo setor energético — com a Rússia planejando o gasoduto Power of Siberia 2 (Força da Sibéria 2) para a China, enquanto a Índia segue comprando energia russa, apesar da pressão de Washington.
Segundo a publicação, uma aproximação maior entre os três países poderia trazer "consequências econômicas e estratégicas para o Ocidente".
"A parceria China-Rússia já representa um contrapeso poderoso aos EUA, o que levou Trump e sua administração a alertarem sobre essa aliança em expansão. Se somarmos a Índia, teremos um arranjo ainda mais convincente", destaca a Bloomberg, lembrando que juntos os três países concentram cerca de um terço da população mundial, além de vastos recursos e indústrias avançadas.
O editorial também sugere que Moscou, Pequim e Nova Deli poderiam cooperar na criação de alternativas ao dólar em transações internacionais, no aumento de investimentos conjuntos e na busca de formas de contornar as sanções norte-americanas.
Já o ex-assistente do secretário de Estado dos EUA para assuntos do Leste Asiático e Pacífico, Daniel Kritenbrink, declarou que Nova Deli deve agir com cautela.
"Modi vai enviar sinais de que a Índia continuará sua política de autonomia estratégica, mostrando que tem opções e que não pode ser manipulada. Mas a Índia será cuidadosa. Permaneço moderadamente otimista de que, devido aos interesses fundamentais que unem os EUA e a Índia, haverá espaço para reconstruir as relações", avaliou.
Anteriormente, o ex-primeiro-ministro da Rússia, Sergei Stepashin, afirmou que a Rússia não está isolada e classificou a reunião de Putin, Xi Jinping e Narendra Modi na cúpula da Organização para Cooperação de Xangai (OCX), em Tianjin, como uma "grande lição", destacando o apoio internacional a Moscou.
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