Variedades
Concorrentes reconhecem elegância italiana e legado de Armani
Estilista considerado ícone da moda mundial faleceu aos 91 anos

Representantes de grifes de luxo concorrentes lamentaram a morte do estilista italiano Giorgio Armani nesta quinta-feira (4), aos 91 anos, e reconheceram o legado deixado pelo ícone da moda mundial.
Para o bilionário francês Bernard Arnault, CEO do grupo LVMH, que inclui marcas como Dior, Givenchy, Fendi, Kenzo, Tiffany, Bulgari, Marc Jacobs e Louis Vuitton, Armani deu alcance e dimensão globais à elegância italiana.
"Ele criou um estilo único, feito de sombras e luz, que ele transformou em um empreendimento de grande sucesso", afirmou Arnault, acrescentando que o estilista italiano "era um verdadeiro amigo e admirador da França". "Estou profundamente triste".
Já Leonardo Ferragamo, presidente da grife de luxo Salvatore Ferragamo, expressou as mais profundas condolências suas e de sua família, unindo-se à tristeza pelo falecimento do estilista.
Segundo o executivo italiano, Armani era "um mestre indiscutível da moda e um símbolo da elegância italiana".
"O grande exemplo e os valores de um homem excepcional que influenciou profundamente a história da moda italiana, sua grande visão e energia empreendedora permanecem vivos hoje e sempre serão uma inspiração constante para muitas gerações futuras", destacou Ferragamo.
Por sua vez, Santo Versace, que assumiu a marca Versace junto com sua irmã Donatella após o assassinato de Gianni, em 1997, pelo serial killer Andrew Cunanan, pediu para Armani cumprimentar seu falecido irmão.
"Querido Giorgio, a notícia do seu falecimento me deixou sem palavras. Há pouco tempo, nos abraçamos novamente e dissemos o quanto nos amávamos. Quando penso em você, não penso na rivalidade que os jornalistas tanto gostavam de enfatizar, mas no profundo respeito que sempre nos uniu e que nunca vacilou", afirmou ele.
Versace também recordou do início dos anos 1980, quando os dois, juntos, redefiniram o que significava ser italiano no mundo.
"Éramos jovens, cheios de sonhos e daquela loucura saudável que só quem cria consegue entender".
"Lembro-me dos nossos desfiles e das nossas discussões sobre estilo e coleções. Você com sua elegância essencial, Gianni com seu gênio exuberante, eu com minha dedicação aos números. Três visões diferentes, mas unidas pelo mesmo amor pela beleza e pela Itália", continuou.
Em um extenso relato, Santo Versace enfatizou que, com a morte de Armani, a "moda perde um de seus pilares", mas ele perde "um pedaço" da sua história.
Segundo o irmão de Gianni, as coleções do estilista italiano "não são simples roupas, mas poemas silenciosos que falam de poder discreto, elegância interior e beleza atemporal".
"Junto com Gianni, você criou um diálogo perfeito entre exuberância e minimalismo que definiu uma época. Agora você e meu amado irmão se encontram lá em cima. Já consigo imaginar suas discussões apaixonadas sobre qual tecido combina melhor com as nuvens ou a cor perfeita para um pôr do sol paradisíaco", disse.
Por fim, destacou que memória de Armani "viverá para sempre não apenas por suas obras-primas, mas pelo afeto indelével que você deixou naqueles que, como eu, tiveram o privilégio de compartilhar esta aventura extraordinária com você".
Francesco Milleri, presidente e CEO da EssilorLuxottica, maior grupo do mundo no setor ótico, também exaltou a trajetória de Armani, considerado "um mestre do estilo e um ícone indiscutível da elegância italiana que, com seu gênio criativo e visionário, revolucionou os códigos da moda e da beleza".
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