Cidades
Hélio Moraes critica situação da saúde e lamenta estagnação de Palmeira dos Índios

Palmeira dos Índios – O médico Hélio Moraes, conhecido por sua atuação política pautada na coerência e que já disputou duas vezes a Prefeitura de Palmeira dos Índios, fez duras críticas à realidade da saúde pública e privada no município e ao rumo do desenvolvimento local. Irmão da ex-senadora da República Heloísa Helena, Moraes reforçou que a crise na saúde é reflexo de má gestão, desvio de recursos e ausência de planejamento.
Saúde entre a sobrecarga do SUS e o lucro privado
Em suas declarações, Hélio Moraes destacou que o Sistema Único de Saúde (SUS), apesar de contar com forte capitalização financeira, sofre com o que classificou como “roubo impune”, gerando deficiências que se acumulam ao longo dos anos.
Segundo ele, quem precisa de atendimento médico e dispõe de condições financeiras acaba recorrendo a clínicas e hospitais privados em cidades como Arapiraca, Maceió ou até Recife. Já quem não tem recursos fica refém da longa espera no sistema público, que, embora considerado valoroso, está sobrecarregado.
O médico também criticou a atuação da entidade filantrópica local, que, em sua visão, tem funcionado mais como “enriquecedora de alguns provedores” do que como solução para os problemas da saúde. O hospital estadual de Palmeira dos Índios, segundo Moraes, é hoje um “elefante branco”.
“Tudo isso tem solução? Tem!”
Para Hélio Moraes, o caminho para enfrentar a crise passa por medidas rigorosas de controle e combate à corrupção. Ele defende alocação de recursos blindados contra desvios, realização de auditorias, abertura de inquéritos administrativos e policiais, além da responsabilização judicial:
> “Sem vontade política e vergonha na cara dos gestores será impossível resolver essa cruel e desumana problemática”, afirmou.
Estagnação e retrocesso de Palmeira dos Índios
O ex-candidato a prefeito também estendeu suas críticas à estagnação do município, que já foi a segunda maior cidade de Alagoas e hoje ocupa a quarta posição no cenário estadual. Para ele, o declínio é resultado de décadas sem planejamento efetivo, o que impediu que o potencial agrícola, manufatureiro, pecuário, turístico e cultural de Palmeira se transformasse em progresso real.
> “De segunda grande cidade alagoana para a quarta posição não é uma descida qualquer, mas um verdadeiro desmoronamento de sonhos num sono de 136 anos”, lamentou.
Entre a crítica e a esperança
Apesar da contundência, Hélio Moraes reforçou que ainda mantém esperança em dias melhores para Palmeira dos Índios. Ele ressalta que quem verdadeiramente ama a cidade sofre com sua realidade, enquanto “quem não ama apenas espezinha e tira proveito, fingindo administrá-la”.
Encerrando sua mensagem, o médico desejou um feliz aniversário à cidade, que completa 136 anos de emancipação política, ressaltando que o futuro ainda pode ser promissor se houver mudança de postura e compromisso com a coletividade.
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