Economia
Tarifaço: Lula vai anunciar na 4ª (13) plano de socorro a empresas afetadas, diz Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o plano de contingência para socorrer empresas brasileiras afetadas pelo tarifaço imposto pelos Estados Unidos ao País está "100% definido" e será apresentado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta-feira, 13. A cerimônia está marcada para as 11h30, no Palácio do Planalto.
"Texto está 100% definido", disse ele a jornalistas após participar de audiência na Comissão Mista da Medida Provisória 1.303/2025, que contém alternativas à alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Segundo Haddad, o plano contempla as demandas do setor produtivo após reuniões com vários representantes e deve ser o necessário para atender os afetados. Ele disse ainda que as medidas serão custeadas via crédito extraordinário - ou seja, ficarão fora do limite de gastos do arcabouço -, mas serão contabilizadas no cálculo da meta fiscal.
A alíquota de 50% sobre produtos brasileiros imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, passou a vigorar na última quarta-feira, 6. O líder americano aplicou uma tarifa adicional de 40% sobre o País, que se somou à já anunciada tarifa recíproca de 10%.
A Casa Branca publicou uma lista de 694 itens que escaparam da sobretaxa adicional de 40%, incluindo importantes produtos da pauta de exportação brasileira aos EUA, como os aviões da Embraer, petróleo e suco de laranja. Já produtos mercadorias como café, pescados, outras frutas e carne foram atingidos - e se mobilizam para conseguir ingressar na lista de exceções.
Medidas
Nesta segunda-feira, 11, o ministro confirmou que a preservação de empregos está prevista na medida provisória (MP) do plano de contingência. No entanto, ele disse que há exceções, pois algumas empresas não poderão garantir os postos de trabalho, já que sofrerão um impacto muito grande em sua produção.
"A MP flexibiliza para alguns casos outros tipos de contrapartida", disse Haddad em entrevista à GloboNews. Ele afirmou que a medida trará "certa flexibilidade", visto que são afetados mais de 10 mil empregos.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou nesta segunda-feira, 11, que a preservação de empregos está prevista na medida provisória (MP) do plano de contingência para socorrer as empresas brasileiras afetadas pelo tarifaço dos Estados Unidos. No entanto, ele disse que há exceções, pois algumas empresas não poderão garantir os postos de trabalho, já que sofrerão um impacto muito grande em sua produção.
"A MP flexibiliza para alguns casos outros tipos de contrapartida", disse Haddad em entrevista à GloboNews. Ele afirmou que a medida trará "certa flexibilidade", visto que são afetados mais de 10 mil empregos.
Haddad afirmou ainda que o plano tem viés estrutural, para além de medidas conjunturais. Ele disse que estão incluídas duas reformas estruturais que envolvem medidas de crédito e o Fundo de Garantia para Exportações (FGE).
"Estamos fazendo uma reforma estrutural no FGE, com suporte dos demais fundos, para garantir que toda empresa brasileira - não só as grandes - que tiver vocação de exportação terá instrumentos modernos para fomentar a exportação para o mundo inteiro", disse ele, citando a necessidade de redirecionar as exportações.
O ministro confirmou que o plano de contingência terá linhas de financiamento, além de contemplar a questão tributária e autorizar compras governamentais em determinados casos.
Reunião com secretário dos EUA
Sobre a reunião com o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, que ocorreria nesta quarta-feira, 13, e foi desmarcada, Haddad disse: "Agora está com eles".
A agenda, informada por Haddad na semana passada, ocorreria por videoconferência e seria destinada a discutir o tarifaço de 50% imposto ao Brasil para os Estados Unidos. O titular da Fazenda disse ter recebido o e-mail informando do cancelamento da reunião com Bessent um ou dois dias depois que ele informou à imprensa sobre a reunião.
"Argumentaram falta de agenda, uma situação bem inusitada", afirmou Haddad, que disse ainda que a situação do Brasil é "completamente diferente" da de outros países, porque há no País uma força política que faz "uma espécie de 'antidiplomacia'". Segundo o ministro, a reunião foi desmarcada por causa de "forças de extrema direita."
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