Brasil
'Negociação não terminou hoje, ela começa hoje', afirma Alckmin sobre tarifas dos EUA

Mesmo após o tarifaço de Trump contra produtos brasileiros, o vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou durante o programa "Mais Você", de Ana Maria Braga, que a negociação com os EUA está apenas começando, e que o governo prepara ações para preservar empregos e buscar soluções diante das novas tarifas.
O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou que, apesar da formalização das novas tarifas norte-americanas, o Brasil ainda vê espaço para negociação com os Estados Unidos. Para ele, o decreto não encerra o diálogo e representa um "perde-perde", prejudicando tanto os mercados brasileiros quanto os consumidores norte-americanos.
O tarifaço, assinado por Donald Trump, elevou para 50% a alíquota de diversos produtos brasileiros, mas excluiu quase 700 itens ligados a setores estratégicos como o agronegócio, energia e aeronáutica. Segundo a Amcham Brasil, cerca de 43% das exportações realizadas no último ano não foram afetadas.
Alckmin detalhou durante um dos programas mais populares da televisão brasileira que 35,9% das exportações do país serão atingidas pelas novas tarifas. Ele explicou à apresentadora Ana Maria Braga que parte dos produtos foi retirada da lista de aumento, enquanto itens como aço e alumínio mantiveram a alíquota anterior. Produtos automobilísticos também permanecem com a tarifa vigente de 25%.
Em defesa do café brasileiro, o vice-presidente destacou que os EUA são grandes consumidores do grão arábica, essencial para os blends norte-americanos. Ele anunciou esforços para retirar do tarifaço frutas como manga, além do já poupado suco de laranja.
O governo prepara um plano de proteção aos empregos, com normas específicas para preservar a produção nacional. Alckmin assegurou à apresentadora que "ninguém vai ficar desamparado" e que o governo lutará para reduzir o impacto das tarifas sobre os 35,9% de produtos atingidos.
Ele reforçou que o país buscará alternativas de mercado e apoiará setores mais vulneráveis, como o mel, frutas, carne bovina e principalmente a indústria, que depende fortemente das exportações para os EUA.
Além das questões comerciais, Alckmin comentou as sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, classificando como inadmissível a interferência dos EUA no Judiciário brasileiro. Ele reforçou a soberania nacional e a separação de poderes, alinhando-se à nota oficial publicada por Lula em solidariedade ao magistrado.
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