Internacional
Europa compra armas dos EUA para enviar à Ucrânia; iniciativa pode ter efeito adverso, diz analista

A decisão dos países europeus de comprar armas dos EUA para a Ucrânia terá consequências negativas para eles a longo prazo, disse o diretor do Instituto de Estudos Nucleares da Universidade Americana em Washington, professor Peter Kuznick, à Sputnik.
"A crescente oposição popular na Europa ao esvaziamento dos cofres de suas nações para prolongar esta guerra também tornará isso politicamente desafiador. A resposta simples é que eles não têm fundos, mas os encontrarão em algum lugar cortando programas sociais vitais. Isso pode sair pela culatra a longo prazo", disse Kuznick.
O professor expressou esperança de que as armas enviadas sejam "exclusivamente defensivas" e não destinadas a ataques profundos na Rússia.
Na última segunda-feira (14), durante seu encontro com o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Mark Rutte, o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que Washington forneceria armas à Ucrânia, com os países europeus cobrindo todos os custos.
Trump chamou a iniciativa de "um grande negócio", com "bilhões de dólares em equipamentos militares" a serem adquiridos dos EUA. O presidente também afirmou que a ajuda militar incluiria sistemas de defesa aérea Patriot com todos os componentes.
A Rússia tem afirmado repetidamente que o fornecimento de armas ocidentais à Ucrânia dificulta a resolução do conflito militar e envolve os países da OTAN na crise. O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, alertou que qualquer carga contendo armas para a Ucrânia será um alvo legítimo para os militares russos.
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