Palmeira dos Índios (AL) – Uma paciente com problemas cardíacos está internada há dias na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Palmeira dos Índios à espera de regulação para ser transferida a um hospital com estrutura adequada para tratar a sua condição. A denúncia foi feita pela própria filha da paciente, que recorreu às redes sociais para fazer um apelo público comovente.

A mulher, identificada como Ilta da Costa Silva, apresenta quadro de cardiopatia grave e precisa ser encaminhada urgentemente para uma unidade hospitalar que disponha de equipe médica especializada e recursos apropriados. Segundo familiares, a paciente tem enfrentado dias de espera sem previsão de transferência, mesmo diante do agravamento de seu estado de saúde.

“A situação da minha mãe está cada vez mais delicada. Ela precisa de um cardiologista, de acompanhamento específico, e aqui na UPA não tem. Já estamos há dias esperando uma regulação. Até quando a gente vai ter que implorar para que alguém olhe por nós?”, relatou a filha.

O caso expõe mais uma vez os graves problemas no sistema de saúde pública de Palmeira dos Índios e de Alagoas, especialmente no que se refere à demora no processo de regulação, que deveria garantir a transferência de pacientes em estado crítico para unidades de maior complexidade. Não é a primeira vez que familiares se desesperam diante da espera por vagas em hospitais da capital ou de outros municípios.

A situação também revela um sistema de saúde sobrecarregado, desarticulado e, muitas vezes, negligente, onde a população mais vulnerável paga com a própria vida pela falta de políticas eficazes e gestão responsável.

A Tribuna do Sertão tentou contato com a Secretaria Municipal de Saúde e com a Central de Regulação do Estado, mas até o fechamento desta edição não obteve resposta.

Enquanto isso, a pergunta que ecoa entre os corredores da UPA e nas redes sociais é: quantas vidas ainda precisarão esperar pela sorte para conseguir atendimento médico digno em Alagoas?