O vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, visitará Washington, nesta terça-feira (15), para se reunir com autoridades institucionais dos Estados Unidos, empresários e representantes da comunidade ítalo-americana.

Em comunicado oficial, o chanceler italiano anunciou que aproveitará a viagem para se encontrar com o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, o presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Jim Risch, e o representante comercial dos Estados Unidos, embaixador Jamieson Greer.

A missão se concentrará nas relações bilaterais e transatlânticas e nos principais desafios internacionais, começando pelo apoio à Ucrânia, principalmente depois que, graças, em parte, à participação dos EUA, a Conferência de Roma sobre a agressão russa permitiu a mobilização de 10 bilhões de euros em novos fundos e a assinatura de mais de 200 acordos e entendimentos para apoiar o país liderado por Volodymyr Zelensky.

A expectativa é de que as discussões também se concentrem na situação comercial, em meio ao anúncio do governo do presidente Donald Trump de impor tarifas de 30% sobre as importações de países da União Europeia (UE), a partir de 1º de agosto, caso nenhum acordo seja alcançado até essa data.

De acordo com a Farnesina, o governo italiano continua trabalhando em prol de um acordo entre a União Europeia e os Estados Unidos que proteja suas respectivas economias e forneça uma estrutura clara dentro da qual suas empresas possam operar e continuar a gerar crescimento, emprego e prosperidade.

A nota destaca também que a situação na Faixa de Gaza será discutida, confirmando a necessidade de um cessar-fogo imediato, a libertação de reféns e o restabelecimento da assistência humanitária completa no enclave palestino, tendo em vista que a Itália está pronta para contribuir por meio da iniciativa "Food for Gaza".

Tajani ainda vai reiterar a importância de buscar o diálogo e a diplomacia, bem como a disposição da Itália em fomentar o diálogo entre os Estados Unidos e o Irã, na tentativa de lembrar que a estabilidade no Oriente Médio também depende de uma resolução pacífica para a questão nuclear iraniana.

Em relação à Líbia, o vice-premiê italiano se reunirá com o secretário de Estado dos EUA para enfatizar a necessidade de uma intervenção política renovada para estabilizar o país, evitar uma nova tendência que possa levar a um novo conflito militar e a uma maior imigração irregular, e combater o fortalecimento de organizações dedicadas ao tráfico de migrantes.

Por fim, Tajani abordará a estabilização do Líbano, garantindo que a Itália defenderá o apoio contínuo à missão da Força Interina das Nações Unidas no país (Unifil). O ministro acredita que as capacidades e a presença das Nações Unidas no sul do Líbano devem ser mantidas e aprimoradas.