O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, pediu ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) que reconheça Tel Aviv e Washington como os iniciadores das agressões e que exija que ambos arquem com compensações pelos danos causados ao país durante os ataques.

A solicitação foi feita em uma carta endereçada ao secretário-geral da ONU, António Guterres. "Solicitamos oficialmente que o Conselho de Segurança reconheça o regime israelense e os Estados Unidos como iniciadores do ato de agressão e reconheça sua responsabilidade subsequente, incluindo o pagamento de compensações e reparações", afirmou no documento.

Araghchi também apelou ao principal órgão da ONU para que responsabilize os autores dessa agressão e impeça a repetição de tais crimes.

Mais cedo, o presidente norte-americano Donald Trump pode ter quatro grandes instalações nucleares, sendo uma delas menos importante que as demais. "Nós sabíamos que eles tinham muitos locais, provavelmente três mais um, mas são três instalações principais, e sabíamos que eles teriam que desistir delas", declarou Trump à Fox News.

Guerra entre Irã e Israel durou 12 dias

Israel lançou uma operação contra o Irã na madrugada de 13 de junho, acusando Teerã de desenvolver um programa nuclear militar secreto. As ações incluíram bombardeios aéreos e ataques de grupos de sabotagem contra instalações nucleares, generais, físicos nucleares de destaque e bases aéreas.

O Irã rejeitou as acusações e também respondeu com ataques, que duraram 12 dias. Os Estados Unidos se envolveram com um ataque pontual às instalações nucleares iranianas na noite de 22 de junho. Em resposta, Teerã lançou mísseis contra a base norte-americana de Al Udeid, no Catar, na noite de 23 de junho, afirmando não ter intenção de escalar ainda mais o conflito.

Trump disse então esperar que o ataque à base militar tenha servido como "válvula de escape" e que agora seja possível trilhar um caminho de paz e harmonia no Oriente Médio. Trump também afirmou que Irã e Israel haviam concordado com um cessar-fogo, que, após 24 horas, colocaria fim formal à guerra de 12 dias.