Internacional

Quase 600 palestinos morreram em centros de distribuição de ajuda humanitária, dizem autoridades

Sputinik Brasil 29/06/2025
Quase 600 palestinos morreram em centros de distribuição de ajuda humanitária, dizem autoridades
Foto: © AP Photo / Abdel Kareem Hana

O número de palestinos mortos por disparos israelenses em centros de distribuição de ajuda humanitária na Faixa de Gaza subiu para 580 em pouco mais de um mês, com mais de 4.000 feridos, atualizaram as autoridades palestinas neste domingo (29).

Segundo as autoridades, 580 pessoas foram mortas, outras 4.216 ficaram feridas e outras 39 estão desaparecidas desde o dia 27 de maio, enquanto tentavam obter alimentos nos chamados centros de distribuição de ajuda humanitária e foram atacadas por Israel.

As autoridades em Gaza responsabilizam Israel, bem como "os estados envolvidos no genocídio da população da Faixa de Gaza, principalmente os EUA, o Reino Unido, a França e a Alemanha" pelas mortes desses civis, de acordo com o comunicado.

No início de junho, o jornal israelense Haaretz noticiou, citando soldados israelenses anônimos que lutavam na Faixa de Gaza, que oficiais das Forças de Defesa de Israel (FDI) haviam recebido ordens para atirar deliberadamente contra palestinos desarmados perto de locais de distribuição de ajuda humanitária durante o mês anterior. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o ministro da Defesa, Israel Katz, rejeitaram a alegação.

Israel se recusou a colaborar com a Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina no Oriente Médio (UNRWA na sigla em inglês). No final de outubro de 2024, o parlamento israelense aprovou projetos de lei que visam proibir as atividades da UNRWA em Israel e nos territórios que controla, após acusar alguns funcionários da agência de envolvimento no ataque do Hamas em outubro de 2023.

A ONU afirma que Israel não apresentou nenhuma evidência para fundamentar suas alegações. A lei que proíbe as atividades da UNRWA entrou em vigor no dia 30 de janeiro.