O tribunal de Yerevan, capital da Armênia, decidiu neste sábado (28) pela prisão do arcebispo da Igreja Apostólica Armênia Mikael Ajapahyan, acusado de incitar a tomada de poder no país. Segundo advogados, o religioso pode ficar detido por até dois meses.

Yerem Sarkisyan, que faz parte da defesa do arcebispo Mikael, declarou que o cliente foi levado para as instalações do Serviço de Segurança Nacional da Armênia. A Igreja Apostólica do país, por sua vez, publicou uma nota na qual afirma que a prisão é "injustificável e ilegal".

"A decisão da corte, feita sob pressão política, é injustificável e ilegal. Os passos tomados contra o arcebispo Mikael não são nada mais que perseguição política e revanche pessoal de um homem que se considera um cristão e seguidor da Igreja Armênia."

Na última sexta-feira (27), agentes do Serviço de Segurança Nacional da Armênia foram até a residência paroquial prender o arcebispo Mikael. Entretanto, durante a ação, uma confusão entre fiéis e autoridades terminou com 14 pessoas presas, segundo o defensor de direitos humanos e advogado Ruben Melikyan.

As relações entre o primeiro-ministro armênio, Nikol Pashinyan, e a Igreja Apostólica Armênia se deterioraram no fim de maio. O empresário russo-armênio Samvel Karapetyan, que prometeu apoio à Igreja no conflito, foi preso, causando indignação entre muitos representantes da diáspora em todo o mundo.

"Apelamos ao judiciário e às autoridades competentes para atuarem dentro da lei e libertarem imediatamente o Arcebispo Mikael Ajapahian", disse a Igreja em comunicado.

Por Sputinik Brasil