Internacional

Trump muda de ideia e sugere mudança de governo no Irã, se suas demandas não forem atendidas

Sputinik Brasil 22/06/2025
Trump muda de ideia e sugere mudança de governo no Irã, se suas demandas não forem atendidas
Foto: © Foto / Reprodução Site/White House

Menos de 24 horas depois de afirmar que os ataques dos EUA ao Irã tinham alvos limitados sem intenção de derrubar o governo do país persa, o presidente estadunidense, Donald Trump, questionou em uma postagem nas redes sociais, neste domingo (22), a liderança iraniana e sugeriu mudança de governo.

"Não é politicamente correto usar o termo 'mudança de regime', mas se o atual regime iraniano não é capaz de tornar o Irã grande novamente, por que não haveria uma mudança de regime???", disse Trump em sua página Truth Social.

O ataque ocorreu na noite de ontem (21) e foi anunciado por Trump nas redes sociais ao afirmar que os EUA haviam bombardeado com sucesso três instalações nucleares no Irã, entre elas, Fordow, a principal delas.

O bombardeio, segundo Washington, foi planejado para "destruir ou enfraquecer seriamente" o programa nuclear do Irã. O ataque foi classificado por Teerã como "bárbaro e criminoso". Após a ação, J.D. Vance, vice-presidente norte-americano, afirmou que os EUA não estão em guerra com o país persa.

O Ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, afirmou que "a porta para a diplomacia deveria estar sempre aberta, mas agora não é o caso". A Organização de Energia Atômica do Irã disse que o desenvolvimento da indústria nuclear do Irã não será interrompido pelo episódio.

Segundo números mais recentes divulgados pelo ministério, desde o início da ofensiva israelense no Irã, no dia 13 de junho, mais de 400 pessoas morreram e mais de 3 mil ficaram feridas no país. Do lado israelense, autoridades apontam pelo menos 25 mortos em ataques iranianos.

Países reagem aos ataques

Vários países condenaram os ataques norteamericanos contra o Irã, dentre eles o Brasil, a Rússia e a China.

Em nota, o Itamaraty classificou a ofensiva como uma violação da soberania iraniana e do direito internacional.

A chancelaria expressou "grave preocupação com a escalada militar" no Oriente Médio e afirmou que tanto os ataques norte-americanos quanto os israelenses contrariam a Carta das Nações Unidas e as normas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). O Brasil reiterou seu apoio ao uso pacífico da energia nuclear e rejeitou qualquer forma de proliferação.