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Eduardo Bolsonaro se esquiva de contatos da PF para intimá-lo sobre inquérito no STF

06/06/2025
Eduardo Bolsonaro se esquiva de contatos da PF para intimá-lo sobre inquérito no STF
Foto: © AP Photo / Jose Luis Magana

O deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) ignorou contatos da Polícia Federal (PF) para prestar esclarecimentos no inquérito que apura a atuação dele nos Estados Unidos contra autoridades brasileiras.

A corporação informou nesta sexta-feira (6) ao Supremo Tribunal Federal (STF) o contatou por dois endereços de e-mail, telefones disponibilizados pela Câmara dos Deputados e o número pessoal de Eduardo Bolsonaro por WhatsApp:

"Comprovantes automáticos gerados pelo sistema de correio eletrônico" mostram que "as mensagens foram devidamente recebidas pelos destinatários, conforme registros de entrega", informou a PF.

No caso das mensagens de WhatsApp, entretanto, não há confirmação de recebimento da mensagem.

O ministro do STF Alexandre de Moraes é o relator do inquérito contra o parlamentar, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), para investigar a atuação de Eduardo nos EUA contra autoridades brasileiras.

De acordo com a PGR, há material suficiente para acusá-lo de coação no curso do processo contra integrantes da Corte. Deputado e filho mais velho do ex-presidente Jair Bolsonaro (2019–2023), Eduardo Bolsonaro está licenciado do cargo e morando nos Estados Unidos desde fevereiro.

Ele chegou a se reunir com parlamentares republicanos para discutir possíveis sanções contra Moraes e disse que só retornará ao país quando o ministro do STF for sancionado pela Casa Branca. O período de afastamento encerra em julho.

Ontem (5), Jair Bolsonaro prestou depoimento à PF em meio às investigações sobre a atuação do filho nos EUA. Segundo ele, a família sofre perseguição judicial.

"A perseguição continua. O trabalho que ele [Eduardo] faz lá [nos EUA] é pela democracia no Brasil. Não existe lobby para sancionar quem quer que seja no Brasil", disse o ex-chefe de Estado, acrescentando que repassou parte das doações que recebeu via Pix para o filho. "Eu botei R$ 2 milhões na conta dele."

Por Sputinik Brasil