Internacional
EUA deslocam mais de 30 aviões-tanque em possível preparação para guerra Israel-Irã

Movimentação massiva de aeronaves reabastecedoras levanta temores de envolvimento direto dos EUA no conflito no Oriente Médio.
Em uma movimentação militar sem precedentes, os Estados Unidos deslocaram dezenas de aviões-tanque KC-135 e KC-46 através do Atlântico, partindo de bases no continente americano, segundo o Military Watch Magazine.
A operação, que ocorreu entre os dias 14 e 15 de junho, alimenta especulações sobre uma possível entrada direta dos EUA na guerra em curso entre Israel e Irã. Segundo fontes militares, mais de 30 aeronaves já cruzaram o oceano, com o número crescendo nas últimas horas. A ação levanta preocupações sobre uma escalada do conflito no Oriente Médio e o envolvimento mais ativo de potências ocidentais.
A presença crescente de tanques aéreos na região pode indicar apoio logístico à Força Aérea Israelense (FAI), que depende fortemente de reabastecimento em voo para realizar ataques de longo alcance. Embora caças F-15 israelenses tenham autonomia para atingir alvos no Irã, a maior parte da frota é composta por F-16, que exigem apoio aéreo para alcançar o território iraniano. A chegada de aeronaves dos EUA e de outros países ocidentais pode, portanto, ser crucial para sustentar operações prolongadas contra alvos estratégicos iranianos.
Outra possibilidade considerada por analistas é que os aviões-tanque estejam sendo posicionados para apoiar diretamente caças e bombardeiros da Força Aérea e da Marinha dos EUA. O país já participa indiretamente do conflito, tendo mobilizado sistemas de defesa aérea THAAD e destróieres AEGIS para interceptar mísseis iranianos lançados contra Israel. Além disso, os EUA têm fornecido inteligência e orientação por satélite para armamentos israelenses, reforçando seu papel como aliado estratégico.
A dependência ocidental do reabastecimento aéreo é um fator crítico em conflitos de longa distância. Caças como o F-35, amplamente utilizados por Israel e pelos EUA, possuem alcance limitado em comparação com aeronaves chinesas e russas. Isso torna o apoio logístico essencial para missões de ataque profundo, especialmente se os porta-aviões norte-americanos forem forçados a operar a grandes distâncias devido à ameaça de mísseis iranianos.
O arsenal balístico do Irã representa um desafio significativo para qualquer escalada militar. Com mísseis de alta precisão e capacidade de penetrar defesas aéreas densas, Teerã pode atingir bases militares em todo o Oriente Médio e até partes da Europa. Essa capacidade dissuasiva torna qualquer decisão de envolvimento direto dos EUA uma escolha estratégica de alto risco, com potenciais repercussões globais.
Resta saber se essa demonstração de força ao enviar aeronaves para a região conflagrada servirá como dissuasão ou prelúdio para uma nova fase da guerra entre Israel e Irã — uma que pode arrastar outras potências para o campo de batalha.
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