Economia
Moody's rebaixa ratings de grandes bancos dos EUA após corte da dívida soberana

A Moody's Ratings anunciou nesta segunda-feira, 19, uma série de rebaixamentos nas classificações de crédito de cinco grandes bancos dos Estados Unidos, seguindo a decisão de cortar a nota da dívida soberana do país. Entre as medidas, a agência rebaixou de "AA1" para "AA2" os ratings de depósitos de longo prazo do Bank of America, JPMorgan Chase e Wells Fargo, citando a redução na capacidade do governo americano de apoiar instituições financeiras em caso de crise.
As ações foram desencadeadas pelo corte na classificação dos EUA, que passou de "Aaa" para "Aa1" na semana passada.
Segundo a Moody's, a mudança "indica que a capacidade do governo de apoiar os bancos sistemicamente importantes (G-SIBs) enfraqueceu".
O comunicado ressalta que os ratings afetados incorporavam um "notch" de apoio governamental, que foi removido após o rebaixamento soberano.
Além dos depósitos, a agência também reduziu de "AA1" para "AA2" as notas de dívida sênior não garantida e ratings de emissor de subsidiárias do Bank of America e do Bank of New York Mellon (BNY).
A agência rebaixou ainda de "Aa1" para "Aa2" os ratings de risco de contraparte (de longo prazo de determinadas subsidiárias e filiais do Bank of America, Bank of NY, JPMorgan, State Street Corporation e Wells Fargo.
As perspectivas para as novas classificações variam: estáveis para Bank of America e Wells Fargo, e positivas para JPMorgan, refletindo a "posição dominante" do banco no mercado.
A Moody's destacou que o rebaixamento não afetou instituições como Citigroup, Goldman Sachs e Morgan Stanley, cujas classificações já não dependiam de suporte governamental. No entanto, para os bancos impactados, a agência manteve a previsão de que ainda há "probabilidade moderada" de auxílio federal em cenários extremos.
Ajustes adicionais podem ocorrer caso os bancos registrem deterioração em capital, liquidez ou controle de riscos.
Para o JPMorgan, uma melhora consistente nos resultados pode levar a upgrades, enquanto o Wells Fargo precisa demonstrar avanços na gestão de compliance para evitar novas quedas.
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