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Jornalista brasileira denuncia agressões e humilhações de editor em agência de notícias no Rio de Janeiro

Rio de Janeiro — Um episódio grave de violência psicológica, de denúncia de abuso de poder e assédio moral contra uma jornalista brasileira dentro de uma agência de notícias russa instalada no Rio de Janeiro foi denunciado nesta segunda-feira (10), gerando indignação e temor por represálias. Segundo o boletim de ocorrência, a vítima, uma profissional experiente e respeitada na assessoria de imprensa, precisou acionar a Polícia Militar para conseguir retirar seus pertences da redação, após ser expulsa de forma agressiva pelo editor-chefe, um jornalista russo.
A jornalista, que havia acabado de entrar em licença médica, foi surpreendida ao tentar buscar itens pessoais no local de trabalho, situado na Rua da Assembleia, no Centro do Rio, e foi impedida de levar suas coisas pelo estrangeiro, que, de acordo com testemunhas, tentou forçá-la a entregar documentos e gravações confidenciais, o que ela se recusou a fazer por questões éticas e legais.
O episódio culminou com a presença da polícia no local e o registro formal de ocorrência na 1ª Delegacia de Polícia (Centro), sob o número 001-02155/2025, diante do comportamento violento do editor, que, segundo colegas, já vinha praticando ações para minar o espaço e o trabalho da jornalista dentro da empresa.
Assédio e perseguição
Segundo relatos de outros profissionais da agência, o editor russo vinha articulando um movimento para isolar e prejudicar a jornalista, inclusive solicitando a outros colegas que "repassassem" para ele todos os serviços feitos por ela, numa clara tentativa de deixá-la sem função e forçar sua demissão, manchando sua reputação com o chefe direto.
Além disso, assédios anteriores vindos de outro colega, também da empresa, foram denunciados pela jornalista. Após ela se recusar a ceder a investidas, o funcionário passou a dificultar o seu trabalho e agir com hostilidade. O editor russo, mesmo ciente do problema, não tomou qualquer atitude para coibir o assédio, mesmo sendo pai de quatro filhas, o que revoltou ainda mais os colegas que presenciaram o episódio.
Clima de medo e preocupação com a segurança
A família da jornalista manifestou temor por possíveis represálias físicas dada a origem estrangeira e o histórico do acusado. Segundo parentes, o comportamento agressivo e a perseguição sugerem uma tentativa clara de desestabilização psicológica e moral, que pode colocar a segurança da jornalista em risco.
Silêncio da empresa e omissão
Até o momento, a agência não se pronunciou oficialmente sobre o episódio. Internamente, colegas relatam clima de apreensão e medo, diante do poder exercido pelo acusado sobre a equipe.
O caso já está sob investigação da Polícia Civil, que deverá apurar não apenas a violência no ambiente de trabalho, mas também o assédio moral, o abuso de poder e as possíveis ameaças contra a profissional.
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