Cidades
Júlio Cezar deve deixar MDB e se aproxima do PT para disputar vaga na Assembleia Legislativa em 2026 apoiando Paulão para senador
Na lista de filiáveis estão Lucas, filho de Luciano Barbosa, de Arapiraca; Guilherme, filho de Rolnaldo Lopes, de Penedo e a vereadora Teca Nelma

O ex-prefeito de Palmeira dos Índios, Júlio Cezar, conhecido como "ex-imperador", está de malas prontas para deixar o MDB e ingressar no Partido dos Trabalhadores (PT), numa movimentação política que escancara um racha interno e um verdadeiro jogo de interesses eleitorais.
Com a iminente saída de Júlio Cezar do partido que lhe deu tudo e mais um pouco ao longo dos últimos anos, o ex-gestor alinha-se ao projeto do deputado federal Paulão (PT-AL), que pretende disputar uma vaga no Senado em 2026 e já monta chapa para estadual e federal.
Aliança com Paulão e rompimento com o MDB
Na articulação para fortalecer sua base, Paulão costura alianças e atrai novos nomes para o PT, que deseja lançar candidaturas próprias, sem amarras com o MDB ou o grupo de Arthur Lira. Além de Júlio Cezar, figuram na lista de possíveis novos filiados petistas: Lucas Barbosa (filho do prefeito de Arapiraca, Luciano Barbosa); Guilherme Lopes (filho do prefeito de Penedo, Ronaldo Lopes); Teca Nelma (vereadora de Maceió) e Ronaldo Medeiros (já integrante do PT)
A aproximação entre Júlio Cezar e Paulão representa um rompimento direto com o MDB, partido que sustentou politicamente o ex-prefeito por anos e lhe garantiu protagonismo em Palmeira dos Índios.
Traição política e mudança de rumo
A decisão de se juntar ao PT e virar as costas para o MDB escancara o pragmatismo dos bastidores eleitorais.
PT sem ideologia
No fim de 2024, o deputado Paulão – pretenso candidato ao senado - chegou a firmar aliança com Gilberto Gonçalves (GG), ex-prefeito de Rio Largo e aliado de Arthur Lira, sem se importar com o histórico do prefeito riolarguense, priorizando sua sobrevivência política em um novo grupo.
A movimentação reforça uma velha máxima da política: trair e coçar, basta começar. Para Paulão e Júlio Cezar, as novas alianças podem ser estratégias para manter suas influências e garantir candidaturas forte em 2026.
O que fica evidente é que a fidelidade ou ideologia partidária são apenas detalhes quando o objetivo é garantir espaço e poder nas próximas eleições. O MDB, que tanto deu a Júlio Cezar, agora assiste ao seu possível afastamento, enquanto o PT de Paulão que hoje é aliado de GG em Rio Largo se fortalece com alianças duvidosas para a disputa de 2026.
Será que as alianças vingarão ou será apenas mais um capítulo do jogo de interesses políticos?
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