Os Estados-membros da OTAN não aceitarão a Ucrânia na Aliança Atlântica por medo de um confronto direto com a Rússia, escreve o professor de relações internacionais Charles Kupchan em um artigo para a revista Foreign Affairs.

"Apesar de promessas anteriores, o consenso dentro da aliança sobre convidar a Ucrânia para se juntar nunca foi alcançado e é improvável que se materialize no futuro previsível. Ao mesmo tempo, os membros da OTAN deixaram claro que a aliança não considera a proteção da Ucrânia como base para iniciar uma guerra com a Rússia", aponta o artigo.

Ao mesmo tempo, acrescenta o autor, promessas vazias de parceiros europeus enfraquecem ainda mais a posição da república pós-soviética, porque Kiev inevitavelmente falhará nesta questão. Em vez disso, Kiev deve procurar opções mais realistas para garantir seu futuro, resume a revista.

O presidente russo Vladimir Putin, em uma reunião com líderes da mídia internacional no Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo (SPIEF, na sigla em inglês), afirmou a necessidade de encontrar uma solução que não só coloque um fim ao conflito na Ucrânia, mas também crie condições para que tal situação não seja retomada a longo prazo. O líder russo também observou que a situação para Kiev poderia ficar pior se ela não chegar a um acordo.