Alagoas

Sala Lilás do HGE assistiu quase 400 vítimas de violência doméstica e sexual desde a inauguração

Thallysson Alves / Ascom HGE 17/01/2025
Sala Lilás do HGE assistiu quase 400 vítimas de violência doméstica e sexual desde a inauguração
Busca ativa também é realizada no HGE para identificar casos suspeitos que precisam de atenção especializada - Foto: Marco Antônio e Thallysson Alves / Ascom Sesau e Ascom HGE



Em 18 meses, 385 pessoas vítimas de violência doméstica e sexual foram assistidas pela Sala Lilás no Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió. Foram 165 mulheres e 120 homens, sendo 363 casos de violência doméstica e 22 de violência sexual. O espaço faz parte da Rede de Atenção às Violências (RAV), da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), que visa acolher e atender esse público de forma multidisciplinar, com suporte psicológico, social e médico.

 

A Sala Lilás no HGE foi inaugurada em julho de 2023 e somente naquele ano de implantação foram acolhidos 140 casos. No ano passado, com o serviço mais integrado ao fluxo de pacientes que chegam à maior unidade de urgência e emergência do Governo de Alagoas, 245 novos casos foram assistidos pelos profissionais capacitados para esse tipo de atendimento. A expectativa é que o serviço consiga identificar ainda mais casos em 2025.

 

“Além de todo o cuidado que oferecemos aos cidadãos que chegam à nossa rede, por meio dos espaços que implantamos nas unidades de saúde, rodoviária de Maceió, delegacias e penitenciárias, também estamos integrados às campanhas que visam a conscientização e a importância de denunciar o agressor. Com mais pessoas informadas, mais denúncias surgem e nos exigem medidas que salvem a vida de quem precisa da ajuda do Estado”, explicou a gerente da Rede de Atenção às Violências (RAV), Thaylise Nunes. 

 

No HGE, a rotina das psicólogas e assistentes sociais da Sala Lilás é realizar busca ativa e manter o acompanhamento dos casos identificados conforme às singulares necessidades. É importante lembrar que a unidade é porta de entrada para os traumas (entre eles a agressão física, agressão por arma de fogo, agressão por arma branca e agressão sexual) e que em alguns casos o real motivo é omitido pela vítima por medo, vergonha ou até mesmo perplexidade.

 

“É nesse ponto que o nosso trabalho faz toda a diferença no HGE. Quando analisamos os perfis das pessoas que precisam de atendimento e encontramos um suspeito, iniciamos a nossa abordagem de forma personalizada. E se confirmamos que se trata mesmo de um caso de violência, toda a nossa equipe se articula para acolher e mostrar a essa vítima que ela não está sozinha, contando, inclusive, com vários dispositivos legais para a sua proteção”, acrescentou a supervisora da Sala Lilás do HGE, Laura Oliveira. 

 

A RAV no HGE está localizada no primeiro andar, acima da Área Vermelha. Em caso de violência doméstica e sexual, é possível que a vítima ligue para a Central de Atendimento à Mulher, pelo número 180, e registre a denúncia. Mas, se o desespero exigir uma fuga, o cidadão pode procurar amparo nas delegacias ou nas unidades de saúde que fazem parte da rede gerida pela Sesau.