Esportes

Crise entre prefeitura de CSE aprofunda impasse sobre Patrocínio

Redação 15/01/2025
Crise entre prefeitura de CSE aprofunda impasse sobre Patrocínio

O impasse entre a Prefeitura de Palmeira dos Índios e o Clube Sociedade Esportiva (CSE) segue alimentando os bastidores esportivos e políticos do município. Na manhã desta quarta-feira (15), a gestão municipal se manifestou oficialmente, apontando justificativas para o não repasse do patrocínio ao clube para a temporada de 2025 e trazendo novos elementos ao conflito.

O Nó do patrocínio


Em nota, a prefeitura afirmou que a diretoria do CSE só entrou em contato no último dia 10 de janeiro para tratar da renovação do patrocínio. Segundo o comunicado, o atraso no pedido, somado a pendências administrativas do clube referentes ao exercício de 2024 e à ausência de um novo plano de trabalho, inviabilizou o repasse imediato dos valores previstos.

Mesmo assim, a administração declarou estar aberta ao diálogo com o clube para buscar uma solução, enfatizando que o interesse maior é apoiar o esporte local e garantir o bom andamento das atividades do CSE.

Patrimônio em conflito


Desde 2017, uma lei municipal confirmou o CSE como patrimônio imaterial de Palmeira dos Índios, obrigando o município a apoiar financeiramente o clube durante competições oficiais. No entanto, a relação entre a prefeitura e o tempo está longe de ser harmoniosa.

A recente polêmica com os refletores do Estádio Juca Sampaio é mais um capítulo nessa relação conturbada. Na última terça-feira (14), os jogadores do CSE encontraram o estádio às escuras, impossibilitando um treino noturno. A prefeitura justificou que os refletores só se reuniram durante partidas oficiais, mas o clube encarou o episódio como uma retaliação política.

Nota oficial da prefeitura


A prefeitura emitiu um comunicado explicando a sua posição:

"A administração do Estádio Municipal esclarece que os refletores são acionados exclusivamente durante jogos oficiais, conforme é de conhecimento dos dirigentes do CSE.
Quanto ao uso do gramado, ele é limitado a um horário por dia para preservar as condições ideais para as partidas oficiais.
Em relação ao patrocínio, a Prefeitura informa que não havia sido procurada pelo clube para tratar da renovação da cota para 2025. No entanto, no dia 10 de janeiro, o CSE notificou o município solicitando informações sobre essa verba.
Esclarecemos que o repasse não foi realizado devido a pendências administrativas do clube referentes ao exercício de 2024, bem como à ausência de um novo plano de trabalho, itens essenciais para a formalização da cota de patrocínio.
Reiteramos que estamos à disposição para o diálogo, buscando sempre o melhor para o esporte e a comunidade loca
l".

Bastidores marcados por tensão

O episódio dos refletores foi apenas mais um exemplo de como a tensão entre o clube e a prefeitura transborda para além das reuniões formais. Os críticos acusam a gestão municipal de usar questões administrativas como justificativa para pressionar politicamente o clube.

O CSE, por sua vez, enfrentou cobranças de torcida e dificuldades financeiras, agravadas pela ausência de patrocínio público. A diretoria Tricolorida ainda não se pronunciou sobre o comunicado da prefeitura, mas o clima de animosidade nos bastidores não sinaliza uma resolução rápida.

Futuro incerto para o CSE e o esporte local


Com o início da temporada esportiva, a continuidade desse embate pode prejudicar não apenas o desempenho do CSE nas competições, mas também a relação entre o clube e a gestão municipal. Enquanto tenta garantir o apoio necessário para suas operações, o governo insiste em condições legais e administrativas para o repasse de recursos.

A distribuição desse conflito será crucial para o esporte em Palmeira dos Índios, um município onde o futebol é mais do que uma paixão: é parte de sua identidade cultural e social.