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Mais de 300 novos fatores de risco genético são identificados que levam à depressão, segudo estudo
A pesquisa global identificou 300 fatores de risco genético para depressão antes desconhecidos, porque o estudo incluiu uma amostra populacional muito mais alargada, relata o jornal The Guardian.
O jornal sublinha que o complexo de fatores, incluindo acontecimentos adversos na vida, doenças físicas e estresse, também tem o componente genético. Nota-se que pesquisa prévia analisou populações ricas e brancas, ignorando a maioria mundial.
"Incluindo uma amostra mais diversificada, os autores conseguiram identificar novos fatores de risco [...]. Como resultado, 100 diferenças não conhecidas antes foram encontradas de modo especial, porque pessoas de ascendência africana, do Leste Asiático, hispânica e do sul da Ásia foram incluídas no estudo", ressalta o The Guardian.
A pesquisa calculou que 308 genes foram associados com um risco maior de depressão. Os pesquisadores depois examinaram mais de 1.600 medicamentos a fim de ver o impacto deles para os genes.
Em adição aos antidepressantes, o estudo identificou que Pregabalin usado para dor crônica e Modafinil para narcolepsia também tinham efeito para os genes, pois os remédios poderiam tratar a depressão.
"Estudos de maior dimensão e globalmente representativos são vitais para fornecer os conhecimentos necessários para desenvolver tratamentos melhores e novos e prevenir doenças das pessoas com maior risco de desenvolver a doença", elabora o jornal, citando o professor Andrew McIntosh do Centro para Ciências Clínicas do Cérebro da Universidade de Edinburgh, autor da pesquisa com o papel-chave.
Nota-se que não apenas as pesquisas assim são necessárias para combater a depressão. O problema é mais complexo e social.
"Enquanto as pesquisas assim podem ajudar a encontrar formas de medidas para as pessoas de risco genético maior, a prevenção da depressão tem que se concentrar em abordar as questões mais vastas na sociedade que têm impacto para saúde mental em muito maior medida, incluindo experiência de pobreza e racismo", finaliza o doutor David Crepaz-Keay, diretor de pesquisa e aprendizado aplicado da Fundação de Saúde Mental.
Por Sputinik Brasil
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