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Especialista: EUA desenvolvem mísseis hipersônicos há muito tempo, mas ainda estão no ínicio
Os EUA, juntamente com aliados da Europa, com o Japão e a Austrália, vêm desenvolvendo armas hipersônicas há muito tempo, mas ainda estão no mesmo nível em que a Rússia estava há 40 anos, disse o especialista militar russo Aleksei Leonkov à Sputnik.

O Pentágono informou anteriormente que os EUA haviam recentemente testado com sucesso um míssil hipersônico convencional: o lançamento foi realizado do cabo Canaveral, na Flórida, e foi o segundo teste bem-sucedido de uma arma desse tipo em um ano.
"Esse projeto é muito antigo. Ele começou com o nome Advanced hypersonic weapon [Arma hipersônica avançada]. Era desenvolvido para o Exército. É um míssil de dois estágios. O primeiro estágio é um estágio superior, e o segundo é uma ogiva planeadora, que deve atingir o alvo a uma distância de cerca de 5.500 km. Portanto, era na verdade um míssil de médio alcance", disse Leonkov.
Esse conceito de míssil, segundo ele, corresponde aos projetos soviéticos da década de 1980.
Uma abordagem semelhante é usada nos mísseis táticos operacionais Iskander, que voam em uma trajetória quase balística.
O especialista citou o Kinzhal e o Tsirkon como mísseis pertencentes à primeira geração de mísseis hipersônicos de manobra completa.
O mais recente míssil Oreshnik, que foi testado há pouco na Ucrânia, pertence à segunda geração, observou ele.
De acordo com Leonkov, o Pentágono realizou dois lançamentos durante os primeiros estágios de teste do míssil hipersônico americano, um dos quais foi bem-sucedido.
Posteriormente, o programa passou por vários obstáculos, mas não foi encerrado e, para concluí-lo, os EUA criaram um consórcio, que também incluía países europeus, Japão e Austrália.
Anteriormente, um míssil hipersônico dos EUA foi lançado várias vezes em 2022 e 2023.
Com base nos resultados, os desenvolvedores afirmaram que obtiveram novos dados para melhorar ainda mais o programa do hipersônico guiado.
Como explicou o especialista, isso significa que as ogivas não voaram ou não fizeram nenhuma manobra.
Apesar de todos os fracassos, de acordo com Leonkov, o Congresso dos EUA ainda considera o projeto promissor e, em geral, mais de US$ 30 bilhões (cerca de R$ 180 bilhões) foram alocados para o programa para 2024-2025.
Ao mesmo tempo, o modelo de voo deve aparecer depois de 2025 e, na melhor das hipóteses, em 2027, disse ele.
Em 21 de novembro, em resposta a um ataque ucraniano com armas ocidentais de longo alcance contra o território russo, a Rússia atacou instalações do complexo industrial-militar ucraniano na cidade de Dnepropetrovsk (Dniepre, na denominação ucraniana).
Pela primeira vez, um dos mais novos sistemas russos de mísseis de médio alcance, o Oreshnik, foi testado em condições de combate, naquele caso sem ogivas nucleares.
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