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Ao menos 14 pessoas morrem em bombardeio israelense a escola da ONU, diz Defesa Civil de Gaza

Instituição era usada como abrigo para palestinos deslocados pela guerra; segundo Israel, ataque teve como alvo comandos do Hamas

Agência O Globo - 11/09/2024
Ao menos 14 pessoas morrem em bombardeio israelense a escola da ONU, diz Defesa Civil de Gaza
Ao menos 14 pessoas morrem em bombardeio israelense a escola da ONU, diz Defesa Civil de Gaza - Foto: Reprodução/internet

A Defesa Civil de Gaza reportou, nesta quarta-feira, 14 mortos em um bombardeio israelense a uma escola no centro do enclave utilizada como abrigo para palestinos deslocados pela guerra. O Exército israelense, por outro lado, indicou se tratar de uma operação contra comandos do grupo terrorista Hamas.

— Há 14 mártires e vários feridos após o massacre na escola al-Jawni do acampamento de refugiados de Nuseirat — declarou o porta-voz da Defesa Civil, Mahmud Basal.

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A AFP não conseguiu verificar de forma independente o balanço de vítimas, que segundo o porta-voz incluiria "mulheres e crianças".

Uma fonte médica do centro de saúde al-Awda de Nuseirat, um dos locais para onde foram levados os mortos e feridos, afirmou à AFP que o balanço é de 15 mortos e 44 feridos.

A assessoria de imprensa do Hamas, que governa Gaza desde 2007, declarou que a escola era administrada pela Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (Unrwa) abrigava 5.000 deslocados.

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O Exército israelense indicou em comunicado que sua Força Aérea havia lançado um "bombardeio de precisão contra terroristas que operavam no interior de um centro de comando do Hamas" nas dependências da escola.

Na segunda-feira, Israel atacou um acampamento para deslocados em uma zona humanitária, deixando 19 mortos e dezenas de feridos — inicialmente, foram reportados 40 vítimas, mas o número foi corrigido no dia seguinte pelo Ministério da Saúde palestino. Ao menos 20 tendas pegaram fogo devido a ação, que provocou crateras de até nove metros de profundidade na área, contaram testemunhas à imprensa árabe. Na ocasião, o Exército justificou a operação alegando ter como alvo um comando do Hamas que estava camuflado no local.

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A guerra entre Israel e Hamas eclodiu no dia 7 de outubro, quando combatentes do Hamas mataram 1.205 pessoas no sul de Israel, em sua maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em dados oficiais israelenses. Também sequestraram 251 pessoas, das quais 97 continuam detidas em Gaza, incluindo 33 que os militares israelenses declararam sem vida.

Em resposta, Israel prometeu "aniquilar" o Hamas e lançou uma ofensiva que já deixou 41.084 mortos em Gaza, segundo o Ministério da Saúde do território. Segundo a ONU, a maioria das vítimas são mulheres e crianças.