Internacional
Família de brasileiro procura Embaixada em Kiev para relatar sumiço de voluntário
Governo Federal confirmou que busca informações sobre o caso junto à Ucrânia
A família de um brasileiro procurou a Embaixada do Brasil em Kiev nesta terça-feira para relatar o desaparecimento de um homem que se voluntariou para defender as forças do país contra a Rússia. Fontes diplomáticas do Governo Federal confirmaram ao GLOBO que o órgão está buscando mais informações sobre o caso junto a Ucrânia, que, no entanto, ainda não fez qualquer contato a respeito do caso junto ao Estado brasileiro ou à Embaixada.
Relembre: brasileiro morre enquanto atuava pelas forças ucranianas, e mãe lamenta: ‘Orgulho será eterno’
Leia também: falas de Trump sobre a Ucrânia em debate preocupam Kiev; Zelensky pressionará Blinken sobre uso de armas
Auxílio: Zelensky cobra ajuda do Ocidente após bombardeio massivo da Rússia contra Kiev
A Embaixada confirmou, também, estar em contato com a família desse brasileiro e "buscando mais informações junto ao governo da Ucrânia". O órgão, no entanto, não divulga o nome desse voluntário.
Em julho deste ano, o brasileiro Murilo Lopes dos Santos, de 26 anos, que lutava como voluntário na guerra da Ucrânia, morreu em combate. A família dele, que estava ao lado do exército ucraniano, recebeu a notícia por meio de um colega estrangeiro, entrou em contato com o pai do brasileiro por um aplicativo de mensagens, informando que ele havia falecido na cidade de Zaporíjia, na Ucrânia. O jovem foi atingido durante um combate contra forças russas, à beira do Rio Dnipro.
Brasileiros mortos na guerra
A morte de Murilo era, naquele momento, pelo menos a quinta de um brasileiro no combate no Leste Europeu, que dura mais dois anos. Embora o Brasil não tenha enviado tropas, cidadãos viajaram para o Leste Europeu para atuar nos embates — boa parte deles pela Legião Internacional de Defesa Territorial da Ucrânia, grupo paramilitar de estrangeiros organizado pelo governo local. Murilo é o segundo paranaense morto no combate.
Antônio Hashitani, 25 anos
Natural de Curitiba, era estudante de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) quando trancou a matrícula para se engajar em projetos humanitários. Participou de ações na África antes de ir Ucrânia. Ele atuava ao lado de um grupo paramilitar em Bakhmut quando foi morto, em agosto de 2023.
André Luis Hack Bahi, 44 anos
Natural de Porto Alegre (RS), ele morreu em 4 de junho de 2022. Ele estava na Ucrânia desde o início do conflito, pela Legião Internacional de Defesa Territorial da Ucrânia. Segundo o g1, ele teria sido atingido ao se arriscar pelo fogo cruzado para resgatar outros dois combatentes. André deixou sete filhos.
Douglas Rodrigues Búrigo, 40 anos
Natural de São José dos Ausentes (RS), ele morreu em julho de 2022. Estava na Ucrânia havia dois meses e atuava ao lado do Exército ucraniano em Kharkiv quando foi atingido durante um ataque aéreo. Segundo a família, a ideia de Búrigo era prestar serviço humanitário, mas, ao chegar lá, acabou por se engajar na linha de frente.
Thalita do Valle, 39 anos
Natural de Ribeirão Preto (SP), a brasileira também morreu em julho de 2022, em Kharkiv. Segundo o g1, a causa do falecimento foi asfixia decorrente de um incêndio no bunker em que se abrigava. Ele havia chegado ao país apenas três semanas antes para atuar ao lado da Legião Estrangeira Ucraniana.
Mais lidas
-
1EXEMPLO A SER SEGUIDO
Enquanto regiões do Nordeste trocam asfalto por concreto para reduzir calor, municípios de Alagoas vão na contramão com cidades mais quentes
-
2BRICS
Caminho sem volta: BRICS impulsionou desdolarização do mercado mundial, opina analista
-
3GRANDE LÍDER
Luto: Alagoas dá adeus a Benedito de Lira
-
4VERGONHA EM PALMEIRA
Crise no Futebol: Prefeitura intensifica represálias contra CSE e “administrador de estádio” sem portaria de nomeação proíbe treinos noturnos
-
5O VICE
Vice-prefeito Henrique Alves Pinto (PP) assume a prefeitura da Barra de São Miguel