Esportes
Quem é Darius Slay, atleta da NFL que disse não querer vir para o Brasil por alta criminalidade
Camisa 2 do Philadelphia Eagles atua na defesa e está junto com o elenco que disputará primeira partida da liga no país

Entre os jogadores do Philadelphia Eagles que foram à internet mostrar "preocupação" por estarem vindo ao Brasil, onde a equipe enfrenta hoje o Green Bay Packers, está Darius Slay Jr. O cornerback — posição da defesa responsável por marcar recebedores e impedir avanços no jogo aéreo — de 33 anos disse que não queria viajar para São Paulo — o jogo é na Neo Química Arena, às 21h15 (horário de Brasília) —, por conta da "taxa de criminalidade alta".
— Eu não quero ir para o Brasil. A taxa de crimes é alta — disse Slay, em seu podcast. — Eu me pergunto porque a NFL quer nos mandar para um lugar onde a taxa de crime é tão alta.
Seus companheiros, o recebedor A.J. Brown e o defensor C.J. Gardner-Johnson também seguiram na linha das reclamações, mesmo tendo poucas informações para dizer tal coisa. Gardner-Johnson chegou a compartilhar um post com diversas fake news, como uma suposta onda de crimes após as queimadas que atingem São Paulo. Brown afirmou que não iria sair do quarto durante a estadia.
Já o quarterback Jalen Hurts e o treinador Nick Sirianni seguiram o caminho inverso, elogiando o Brasil e se mostrando bem receptivos à ideia.
A equipe chegou a São Paulo na quarta-feira, e realizou treinamento ontem no palco do jogo. Slay também veio e está junto com o elenco. Ao ver a repercussão negativa de suas declarações, sobretudo entre brasileiros, que foram ao seu perfil atacá-lo, havia tentado pedir desculpar nas redes.
— Eu quero me desculpar com qualquer um que ofendi. Esta não era minha intenção. Estou ansioso por jogar no seu lindo país, e ouvi que vocês são muito apaixonados, como os nossos incríveis torcedores dos Eagles. Só mais alguns dias, mal posso esperar — disse o defensor.
Veterano
Slay é um veterano na NFL, com mais de uma década de carreira e tendo vestido a camisa de apenas dois times: os Eagles e o Detroit Lions, que o escolheram na 36ª posição do draft — seleção de jogadores universitários — de 2013, após passar pela faculdade de Mississippi State.
Seus melhores momentos vividos foram na franquia do Michigan, onde atuou por sete temporadas, tendo sido selecionado para três Pro Bowls — espécie de jogo das estrelas da NFL —, de 2017 a 2019. Além disso, em 2017, entrou para o time ideal da temporada.
Conhecido por ser um jogador rápido e de muitas habilidades físicas, tornou-se um dos melhores cornerbacks do final da década de 2010. Em 163 jogos na carreira, acumula 570 tackles, 147 passes desviados, 28 interceptações e três touchdowns anotados, um pelos Lions e dois pelos Eagles.
Ele chegou à Filadélfia em 2020, e se encaminha para a quinta temporada. Apesar do declínio físico por conta da idade, em uma posição que muito exige do corpo, ele evoluiuu em leitura de jogo. Tanto que, em 2022/23, chegou ao Super Bowl LVII (57), mas foi derrotado pelo Kansas City Chiefs.
A temporada passada foi mais tímida, com apenas 12 jogos feitos, 57 tackles e duas interceptações, mas Slay segue como titular nos Eagles. Hoje, querendo ou não jogar no Brasil, será peça importante em um jogo que promete ser nivelado por cima.
Mais lidas
-
1MÚSICA
Edson e Hudson lançam álbum com clássicos sertanejos
-
2OBITUÁRIO
Gloria Vaquer, ex-mulher de Raul Seixas, morre nos Estados Unidos
-
3HISTÓRIA
A saga de Lampião e Maria Bonita, 83 anos após a chacina de Angicos
-
4ESPECIAL
João Avelino Torres, o pracinha palmeirense que viu a “cobra fumar em Montese, na Itália
-
5ENTREVISTA
Aldo Rebelo: “Se for para a derrota, Lula vai terceirizá-la”