A morte do apresentador Silvio Santos, aos 93 anos, este sábado, parou o Brasil e sinalizou uma nova era para a cultura e o entretenimento. Mas não foi o único falecimento que deixou o país e o mundo mais órfãos dos nomes que ajudaram construir o Século 20. O cartunista, escritor e artista gráfico Ziraldo, o pai do Menino Maluquinho, morreu em abril, aos 91 anos. Já em janeiro, as despedidas, aos 92 anos, foram para Zagallo, ídolo e representante de uma era de ouro do futebol, único brasileiro campeão mundial como técnico e como jogador.

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Figuras muito populares do Brasil também disseram adeus em 2024: os cantores sertajenos Chrystian (da dupla com o irmão Ralf) e João Carreiro (da dupla com Capataz), o sambista Anderson Leonardo (impagável à frente do grupo Molejo), o cantor Nahim e o multi-instrumentista Caçulinha, que fez história acompanhando grandes cantores e como atração fixa do “Domingão do Faustão”.

No popularíssimo Carnaval, as perdas foram importantes: a carnavalesca Rosa Magalhães, o intérprete Quinho do Salgueiro e o jornalista Sérgio Cabral, que além de livros sobre as escolas de samba, foi um dos maiores escritores a se debruçarem sobre a música brasileira dos últimos 100 anos.

Dois mil e quatro também foi um ano triste, com a partida no Brasil de atores como Paulo César Pereio, Jacqueline Laurence e Jandira Martini. No exterior, a lista de estrelas das telonas (e telinhas) que se foram é extensa, com nomes como Donald Sutherland, Shelley Duvall, Shannen Doherty (de “Barrados no Baile”), Anouk Aimée, Chita Rivera, O.J. Simpson (cuja maior fama foi ao ser julgado pela suspeita de assassinato da mulher), Louis Gossett Jr. e Carl Weathers.

Muitos músicos de renome também morreram em 2024, caso da musa francesa da canção Françoise Hardy, o pianista e arranjador Laércio de Freitas, o violoncelista clássico Antonio Meneses, o mestre inglês do blues John Mayall, o saxofonista e sumidade do jazz David Sanborn e o ídolo country Toby Keith. Os guitarristas de rock Steve Albini e Duane Eddy, o baixista Aston Barrett (braço direiro de Bob Marley) e o cantor e baixista Skowa foram outros nomes que deixaram saudade no ano.

O cinema, por sua vez, perdeu no ano diretores como o Rei do Trash Roger Corman, Morgan Spurlock, Paolo Taviani e Norman Jewison. Já a literatura ficou sem escritores como Paul Auster, Alice Munro e Ismail Kadare. E personalidades da economia ( Maria da Conceição Tavares), dos negócios ( Abílio Diniz), da imprensa esportiva ( o narrador Silvio Luiz) e do futebol (o jogador e técnico Franz Beckenbauer) igualmente desfalcaram o mundo em 2024.