Internacional
Com resistência do México, Brasil e Colômbia discutem estratégia conjunta para crise na Venezuela
Existe expectativa de que ocorra, ainda nesta semana, uma conversa telefônica entre Lula e Petro

Com a resistência do México em avançar, junto com Brasil e Colômbia, na mediação entre o presidente Nicolás Maduro e a oposição venezuelana, as gestões Lula e Gustavo Petro buscam agora uma estratégia conjunta para enfrentar a crise.
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Existe a expectativa de que ocorra, ainda nesta semana, uma conversa telefônica entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e o colombiano Gustavo Petro.
Nesta quarta-feira, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, embarcará para Bogotá. Vieira vai se reunir com o chanceler colombiano, Luis Gilberto Murillo, para discutir formas de abrir um canal de diálogo entre Maduro e o diplomata Edmundo González.
Assim que Maduro foi declarado o vencedor do pleito pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), o país mergulhou em um cenário de crise, com milhares de prisões de opositores e mortes de manifestantes. A oposição e parte da comunidade internacional afirmam que houve fraude na eleição e dizem que quem venceu foi González.
Depois disso, Brasil, Colômbia e México entraram numa negociação tripla tendo como principal bandeira a entrega das atas das eleições pelo CNE. Essas atas são documentos detalhados das urnas, que permitem a validação da eleição.
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Desde a semana passada, porém, México emite sinais de hesitação. Conforme mostrou O GLOBO, o governo brasileiro percebia uma incômoda lentidão nas repostas dos mexicanos. Essa "hesitação" se deve ao fato de, a partir de 1º de outubro, Manuel López Obrador será substituído por Claudia Sheinbaum na presidência do país.
Na última segunda-feira, Sheinbaum declarou que a crise na Venezuela "não se aplica a nós". Ao afirmar que não vai se envolver, a futura presidente do México indicou estar tirando o corpo fora. No mesmo dia, Obrador descartou uma conversa com seus homólogos do Brasil da Colômbia, sob o argumento de que é preciso esperar a decisão da Justiça venezuelana.
Brasil e Colômbia mantêm sua posição de exigir as atas eleitorais, para que fique comprovado quem venceu a eleição no país. A ideia do assessor para assuntos internacionais do Palácio do Planalto, Celso Amorim, de ser realizada uma nova eleição na Venezuela, é embrionária e não está sobre a mesa neste momento.
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