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Xamã elogia participação de Ana Castela em novo 'Poesia Acústica': 'a união entre sertanejo e rap dá ritmo'
Artistas se unem a Filipe Ret, Orochi, L7NNON, Ryan SP, TZ da Coronel, MC Ph e Lourena para gravação de 16ª edição do projeto de sucesso nas plataformas de streaming e vídeo

Correntes de ouro no pescoço, roupas confortáveis e óculos escuros formam o visual favorito dos artistas de rap, trap e funk escalados para a 16ª edição do "Poesia Acústica", projeto musical de sucesso criado em 2017. No meio desse estilo padrão, um surge como "estranho no ninho": chapéu de caubói, top, calça jeans e bota. Este foi o visual escolhido pela artista convidada para a edição, ninguém menos que a pessoa mais ouvida no Brasil no ano passado: a sertaneja Ana Castela. A "boiadeira" se uniu com Xamã, Filipe Ret, Orochi, L7NNON, Ryan SP, TZ da Coronel, MC Ph e Lourena para a gravação do clipe de "Poesia Acústica #16" em uma tarde de segunda-feira, em uma mansão luxuosa aos pés do Cristo Redentor no bairro do Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio, no mês passado.
Desenvolvido pela gravadora e produtora carioca Pineapple Storm, o projeto é destaque nas plataformas de streaming e vídeo. No YouTube Brasil, conta com dois clipes entre os 15 mais assistidos da história ("Poesia Acústica #6" na décima segunda posição e "Poesia Acústica #2 na décima quinta). Originalmente voltado para o rap, o formato vem sempre buscando a participação de artistas de outros gêneros musicais. Correntes de ouro no pescoço, roupas confortáveis e óculos escuros formam o visual favorito dos artistas de rap, trap e funk escalados para a 16ª edição do "Poesia Acústica", projeto musical de sucesso criado em 2017. No meio desse estilo padrão, um surge como "estranho no ninho": chapéu de caubói, top, calça jeans e bota. Este foi o visual escolhido pela artista convidada para a edição, ninguém menos que a pessoa mais ouvida no Brasil no ano passado: a sertaneja Ana Castela. A "boiadeira" se uniu com Xamã, Filipe Ret, Orochi, L7NNON, Ryan SP, TZ da Coronel, MC Ph e Lourena para a gravação do clipe de "Poesia Acústica #16" em uma tarde de segunda-feira, em uma mansão luxuosa aos pés do Cristo Redentor no bairro do Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio, no mês passado.
Desenvolvido pela gravadora e produtora carioca Pineapple Storm, o projeto é destaque nas plataformas de streaming e vídeo. No YouTube Brasil, conta com dois clipes entre os 15 mais assistidos da história ("Poesia Acústica #6" na décima segunda posição e "Poesia Acústica #2 na décima quinta). Originalmente voltado para o rap, o formato vem sempre buscando a participação de artistas de outros gêneros musicais.
— Não é fácil fazer uma coisa diferente depois de 16 "Poesias". Queríamos juntar um time clássico, com pessoas que já participaram de várias edições, como Xamã, Ret e Orochi, e flertar com outros gêneros. Além do funk de São Paulo, que já vem marcando presença, saímos muito mais do nosso nicho com a participação da Ana Castela — conta Paulo Alvarez, CEO e fundador da Pineapple. — Acho que a participação da Ana vai agregar muito, porque ela traz um público muito diferente. Outras artistas que participaram no passado tinham mais coisas em comum, como Ludmilla e Luísa Sonza. O público do rap ainda tem um pouco de preconceito com essas junções, mas tem diminuído. Acho que temos potencial para juntar os gêneros de maior sucesso no Brasil hoje, o sertanejo e o rap.
Paulo revela que coube a Ryan SP fazer a ponte entre Ana e o “Poesia”. A estrela do sertanejo brasileiro, de 20 anos, já era uma fã apaixonada do projeto.
— Sou uma pessoa muito eclética. Canto e escuto de tudo. Funk, pop, sertanejo sofrido, adoro tudo. Sempre fui fã do “Poesia” e fazer parte do elenco é um grande passo na minha vida — destaca Ana. — Estou entrando em algo totalmente diferente do sertanejo, do agronejo. Todo mundo me recebeu muito bem. Já conhecia todos de nome, de ouvir em outros “Poesias” e tem sido incrível gravar com eles.
Amiga de Ryan SP, com quem possui feat inédito a caminho (em parceria que também conta com a participação de MC Daniel), Ana recebeu o funkeiro em seu rancho em Londrina, no Paraná. E foi lá onde revelou o desejo de fazer um “Poesia”.
— Eu falei, "vou fazer essa ponte para você". Chamei o Paulinho e falei, "confia". E não teve jeito, ela amassou muito. Acho que vai ser uma "mitagem", é uma parada que as pessoas não estão esperando e vai surpreender geral — lembra Ryan SP, de 23 anos. — Sempre fui um moleque que gosta muito de diversificar os gêneros e juntar todo mundo.
Um dos grandes nomes do rap nacional, dono do hit “Malvadão 3” e destaque na novela “Renascer”, em cartaz na Globo no horário das nove, Xamã é só elogios à sertaneja. O músico lembra ainda outra parceria de sucesso no passado.
— A união entre sertanejo e rap dá ritmo. A música brasileira tem uma conexão grande, seja no sul, no campo ou em outro lugar. O sertanejo sempre foi uma potência nacional, então não tenho dúvidas que casa com qualquer gênero. Além disso, eu mesmo posso ser uma prova de que rap e sertanejo fazem boa parceria, porque a música que eu fiz com a Marília Mendonça (“Leão”) foi um sucesso — aponta Xamã, de 34 anos, que promete um álbum inédito e um novo feat com Ana Castela ainda no segundo semestre deste ano.
‘Rimou bonitão’
Quando a presença de Ana Castela foi anunciada, os fãs do projeto receberam com desconfiança. Nas redes sociais da Pineapple são muitos os comentários lamentando a escolha. Veterano no formato, em sua quarta participação no “Poesia Acústica”, o rapper L7NNON, de 30 anos, defende a colega:
— Quando falaram que ela ia participar, não sabíamos muito o que esperar, como seria. Mas quando vi a parte dela, ficou demais. Até mandei uma mensagem pra ela, "mano, rimou bonitão" — conta o músico. — A música tá bonita demais, uma mistura de todo mundo ali. E a presença da Ana Castela foi muito especial, é um diferencial ali no meio.
Orochi acredita que a união entre rap e funk nos últimos tempos ajudou muito para o crescimento de ambos os gêneros no país. Neste sentido, acredita que algo parecido por acontecer com o sertanejo.
— O importante é fazer conexões para todo mundo furar a bolha — diz o rapper.
Em tempos de hits curtos, pensados quase que exclusivamente para a viralização nas redes sociais, o “Poesia Acústica” se apresenta, desde o início, com uma proposta diferente, com músicas longas, quase sempre com mais de 10 minutos de duração. O projeto vem mantendo uma média de uma edição a cada seis meses. Não é uma regra. Paulo revela que, se dependesse da vontade da gravador, o intervalo de tempo entre as edições seria menor, mas que é um processo demorado definir o elenco de talentos, compor e produzir a música e, principalmente, reunir todos os artistas para a gravação do clipe e ensaio fotográfico, uma vez que todos possuem agendas movimentadíssimas de shows e compromissos artísticos e comerciais. Xamã, por exemplo, chegou para a gravação do dia após participar de uma diária de filmagens de “Renascer” já no raiar do dia.
— Já estou aqui pensando no “Poesia Acústica #17”. Sempre tentamos nos antecipar. Queria lançar ainda este ano, mas acho que não vai ser possível. Seis meses acaba sendo o tempo mínimo de produção para trabalhar bem a música e marcar a data de filmagem, que é o nosso maior drama — aponta Paulo Alvarez.
O fundador da Pineapple traça ainda o árduo processo desse grande trabalho coletivo:
— Temos que fazer o beat, depois escolhemos o time. Aí, durante a construção do beat e dos primeiros versos, o time pode sofrer alterações, porque um artista pode assumir um novo projeto. Depois os artistas vão fazendo seus versos, vamos adaptando. É um processo longo — diz. — Mas já temos algumas ideias para a 17ª edição.
Ele lembra que cada artista é responsável por seu verso a partir de uma batida ou base musical assinada pelo produtor carioca Lucas Malak.
No clipe de “Poesia Acústica” teremos Ana Castela, Xamã, Filipe Ret, Orochi, L7NNON, Ryan SP, TZ da Coronel, MC Ph e Lourena rimando cada um a “parte que lhe cabe neste latifúndio”. Dentro de um processo que é individual, mas também coletivo, os artistas são incentivados a fazer referências e construir ligações com as partes dos colegas.
— É um projeto bonito demais. Todo mundo rimou muito — comemora L7NNON.
*Estagiário sob supervisão
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