Esportes
Saiba por que Olimpíadas chegam a igualdade de gênero na edição de Paris
Jogos Olímpicos que começam no dia 26 terão 50% de atletas homens e 50% de mulheres

Os Jogos Olímpicos de Paris-2024 serão marcados pela equidade de gênero em termos de quantidade de atletas, com 50% de participação para cada naipe: 5.250 homens e 5.250 mulheres. A Cerimônia de Abertura está marcada para o dia 26.
Para chegar à igualdade de vagas para homens e mulheres em Jogos Olímpicos, o Comitê Olímpico Internacional (COI), em parceria com as federações internacionais e também com o Comitê Organizador Local Paris-2024, tomou uma série de iniciativas para equilibrar esse jogo. Entre elas, alocar cotas para mulheres, trocar provas ou acrescentar eventos mistos. Até Londres-2012, por exemplo, o boxe só tinha disputas masculinas. Hoje, há equiparação de vagas.
A estreia das atletas femininas em Jogos Olímpicos ocorreu justamente em Paris, em 1900, quatro anos após os primeiros Jogos da era Moderna, realizados em Atenas. Somente em 1996, o COI torna uma missão, consagrada na Carta Olímpica, a promoção das mulheres no evento.
Os Jogos Olímpicos da Juventude de Buenos Aires-2018 e os Jogos da Juventude de Inverno Lausanne-2020 já atingiram a igualdade de gênero na participação geral dos atletas (2.000 atletas por gênero em 2018 e 936 em 2020).
Outras iniciativas do Comitê Organizador Local se destacam dentro deste contexto nesta edição. Desde batizar as instalações com nomes de mulheres até o desenho do símbolo dos Jogos de Paris, com a imagem de Marianne, que personifica a Revolução Francesa, cujo "espírito francês revela a ambição de ser igualitária, partilhadora e generosa". O desenho é a junção do rosto feminino com a medalha de ouro e a chama olímpica.
Desde Tóquio-2020, os países participantes são incentivados a selecionar uma atleta do feminino e um do masculino para carregar a bandeira juntos na Cerimônia de Abertura. E 91% dos comitês nacionais tinham uma porta-bandeira feminina. Para a festa de abertura na França, a recomendação também está de pé. Os atletas desfilarão em barcos por sete quilômetros no rio Sena.
Além disso, em Paris, pelo menos em 21 modalidades olímpicas, as provas femininas terão horários nobres e encerrarão seus calendários de competição. Caso do futebol, natação, vela, surfe, canoagem, vôlei, basquete, tênis, entre outros (no caso do judô, tiro esportivo e triatlo serão as provas mistas). No atletismo, por exemplo, a maratona feminina encerrará a programação no dia 11 de agosto, coincidindo com a Cerimônia de Encerramento.
A delegação do Brasil para Paris-2024 será essencialmente feminina. E pela primeira vez na história terá 55% de mulheres. Para se chegar a esse número, o Comitê Olímpico do Brasil e confederações nacionais passaram a investir mais no feminino.
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