Internacional
Vida do presidente do Irã e de chanceler em 'risco' após 'queda' de helicóptero, diz agência
Até agora, mídia estatal iraniana só havia dito que o helicóptero de Raisi havia feito 'pouso forçado'

Uma fonte não identificada disse à agência Reuters que a vida do presidente do Irã, Ebrahim Raisi, e do ministro de Relações Exteriores, Hossein Amirabdollahian, estão "em risco" depois da "queda" de um helicóptero do comboio presidencial em uma região de montanha perto da fronteira com o Azerbaijão. Até agora, a mídia estatal iraniana havia dito que o helicóptero de Raisi havia feito um "pouso forçado".
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O ministro do Interior do Irã, Ahmad Vahidi, disse que “várias equipes de resgate” ainda procuram o helicóptero. Em declarações à televisão estatal iraniana, Vahidi acrescentou que levará “tempo para chegar ao local" do acidente devido às “más condições meteorológicas e ao nevoeiro na área”.
— As coisas estão sob controle e as equipes de resgate estão fazendo seu trabalho. Esperamos que isso seja feito o mais rápido possível — acrescentou.
Ultraconservador, Raisi, de 63 anos, é presidente da República Islâmica desde junho de 2021, sucedendo ao moderado Hassan Rouhani após uma vitória que pôs todas as instituições políticas importantes do país sob o controle da chamada linha dura do regime. O cargo de presidente é a segunda posição mais poderosa do Irã, abaixo apenas da do líder supremo — decisões finais sobre política externa ou grandes temas nacionais não são tomadas pelo presidente, mas sim pelo aiatolá Ali Khamenei.
Acusado por muitos iranianos e ativistas de direitos humanos de ter um papel em execuções em massa de prisioneiros políticos nos anos de 1980, Raisi nasceu em 1960 em Mashhad — segunda maior cidade do Irã, na região nordeste, e lar do santuário xiita mais sagrado do país — e perdeu o pai, que era clérigo, quando tinha apenas cinco anos. Aos 15, o hoje presidente, que veste o turbante negro que o identifica sob a tradição xiita como um descendente do profeta Maomé, seguiu os passos do genitor e entrou em um seminário na cidade sagrada de Qom.
Enquanto era estudante, participou de protestos contra o Xá apoiado pelo Ocidente, que acabou por ser deposto em 1979 na Revolução Islâmica liderada pelo aiatolá Ruhollah Khomeini, depois da qual ingressou no Judiciário e ascendeu cedo a cargos importantes enquanto era treinado pelo aiatolá Khamenei, que se tornou presidente do Irã em 1981.
Com apenas 20 anos, foi nomeado procurador-geral de Karaj, que fica perto da capital, Teerã. Depois, tornou-se procurador-geral de Teerã de 1989 a 1994, vice-chefe da Autoridade Judiciária durante uma década desde 2004, e depois procurador-geral nacional em 2014. Em 2019, foi nomeado por Khamenei para a chefia do Judiciário, cargo que ocupou até ser eleito presidente.
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