Internacional
Lula conversa com presidente do México e presta solidariedade por invasão à embaixada no Equador
Embaixada mexicana no Equador foi invadida na sexta-feira em operação para prender o ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas, asilado na sede diplomática
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prestou soliedaridade ao presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, pela invasão da embaixada do país em Quito, Equador. A informação é da Presidência da República, que publicou nota afirmando que os dois conversaram por telefone nesta terça-feira, 9.
Na ocasião, Lula teria dito que a invasão representa "grave ruptura do direito internacional", e que o Brasil acompanhará o tratamento do tema na Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC).
A nota afirma, ainda, que Obrador declarou que levará o tema da invasão da embaixada à Corte Internacional de Justiça.
"Na perspectiva de estreitar ainda mais laços econômicos e empresariais entre as nações, o presidente brasileiro expressou o desejo de viajar ao México ainda este ano, antes do fim do mandato de López Obrador. O líder mexicano afirmou que terá grande prazer em receber a visita de Lula", completou.
Invasão à embaixada
O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, divulgou nesta terça-feira imagens do momento da invasão da embaixada do país em Quito na última sexta-feira, condenando a operação que prendeu o ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas, asilado na sede diplomática.
Em uma publicação no X (ex-Twitter), ele condenou o ataque "autoritário desprezível", que levou ao rompimento das relações diplomáticas entre os países.
Nas imagens, policiais invadem a sede diplomática do México, supostamente protegida, depois que vários agentes armados escalaram o muro externo. No vídeo, de câmeras de segurança de dentro do prédio, os agentes apontam uma arma para o vice-chefe da missão diplomática, Roberto Canseco, e depois agridem o diplomata mexicano enquanto ele estava na biblioteca do prédio.
O Ministério das Relações Exteriores do México afirmou que estava divulgando as imagens para denunciar ao mundo a "invasão não autorizada e violenta" do Equador e "os abusos sofridos por nossa equipe diplomática".
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