Internacional
No discurso do Estado da União, Biden exalta economia sob seu governo
O presidente americano, Joe Biden, usou nesta quinta-feira, 7, seu discurso anual do Estado da União para defender a economia sob seu governo e afastar preocupações com uma questão que se tornou uma de suas principais vulnerabilidades: sua idade. Diante daquela que poderá ser sua maior audiência na campanha de 2024, Biden buscou se apresentar como uma escolha totalmente diferente do seu antigo e futuro rival, o ex-presidente Donald Trump.
Após uma demorada caminha até o púlpito, quando parou para conversar e tirar selfie com os parlamentares, ele iniciou seu discurso dizendo que a democracia americana está em um momento sem precedentes.
Biden defendeu o apoio militar à Ucrânia, dizendo que somente ela pode impedir Vladimir Putin de avançar para outros países. "Eu não me curvarei", disse, se referindo a Putin, e garantindo que os EUA não abandonarão a Otan sob seu governo.
Biden procurou ressaltar o progresso econômico nos EUA durante sua administração, dizendo que assumiu o cargo durante um dos períodos mais difíceis da história do país, no fim da pandemia e em meio à recessão que ela provocou. "Mas os americanos estão agora escrevendo a maior história de recuperação já contada", disse. Embora os economistas tenham afirmado que a economia dos EUA excedeu as expectativas estabelecidas há um ano, os americanos não se sentem tão otimistas e demonstram desaprovação ao estado da economia.
Biden abordou a questão sobre sua idade, mas observou ao mesmo tempo que seu adversário político - cujo nome ele não mencionou - não é muito mais novo do que ele. Biden tem 81 anos e Trump, 77.
"Minha vida me ensinou a abraçar a liberdade e a democracia. Um futuro com base nos valores fundamentais que definiram a América: honestidade, decência, dignidade, igualdade. Respeitar a todos. Dar a todos uma oportunidade justa. Não dar ao ódio um porto seguro", disse Biden. "Agora, algumas pessoas da minha idade veem uma história diferente: uma história americana de ressentimento, vingança e retribuição. Eu não sou assim."
As atenções estavam voltadas nesta quinta não só para o que ele disse, mas como ele disse, uma vez que as pesquisas mostram os americanos duvidando de sua capacidade de conduzir um segundo mandato.
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