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Museu em Belo Horizonte conta a história de Clara Nunes com figurinos originais usados pela cantora mineira
Como visitação gratuita, 'Clara Nunes - Eu sou a tal mineira' fica em cartaz no MUMO até 2025

Nos primeiros versos de "Guerreira", canção de João Nogueira e Paulo César Pinheiro que abre o álbum homônimo de Clara Nunes, de 1978, a cantora avisava: "Se vocês querem saber quem eu sou, eu sou a tal mineira". Passados 40 anos de sua morte, o Museu da Moda de Belo Horizonte repassa a trajetória da artista na exposição “Clara Nunes - Eu sou a tal mineira”, que fica em cartaz no local até 2025.
O fio condutor da mostra são 50 figurinos e adereços originais usados por Clara Nunes ao longo de sua carreira, interrompida precocemente. Clara morreu aos 40 anos, em abril de 1983, em decorrência de uma reação alérgica a um componente da anestesia a qual foi submetida para uma cirurgia de varizes. A exposição, que tem entrada gratuita, é fruto de uma parceria entre a Fundação Municipal de Cultura, o Museu da Moda de Belo Horizonte e o Instituto Clara Nunes.
Veja algumas imagens da exposição:
É a primeira vez que estes figurinos de Clara Nunes são exibidos ao público assim, reunidos. Além das roupas, há documentos, objetos, recortes de jornais e fotografias que ajudam a contar a história da mineira nascida em Caetanópolis, pequena cidade localizada a 100 km de BH. Antes mesmo de ser famosa, a moda já fazia parte da história de Clara Nunes. Assim como seu pai, que trabalhou em uma fábrica de tecidos, Clara também exerceu o ofício de tecelã quando jovem.
Os figurinos exibidos nem dois andares do MUMo foram criados por estilistas como Arlindo Rodrigues, Geraldo Sobreira e Reinaldo Cabral. São peças que mostram o gosto da cantor pelo uso de renda de algodão, bordados, sisal, cordas, búzios e conchas, afirmando sua relação com religiões afro-brasileiras. Há também menções ao Carnaval, sobretudo à história de Clara com a Portela, sua escola de coração.
Todos os itens da exposição pertencem ao Instituto Clara Nunes, localizado em Caetanópolis. Antes, o material pertencia à irmã de Clara, Maria Gonçalves da Silva, que repassou para o instituto em 2005, quando o mesmo foi fundado.
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