Geral

Vandalismo contra estátua de Daniel Alves em Juazeiro suscita debates sobre justiça e memória

Redação 04/03/2024
Vandalismo contra estátua de Daniel Alves em Juazeiro suscita debates sobre justiça e memória
Foto: Reprodução

A estátua do ex-jogador da Seleção Brasileira, Daniel Alves, que enfrenta uma condenação de 4 anos e 6 meses de prisão por estupro, foi alvo de novo ato de vandalismo na cidade de Juazeiro, Bahia, que homenageia o atleta, foi encontrado coberto de tinta branca na manhã da última quinta-feira, 29 de fevereiro, marcando a segunda vez que a imagem do jogador sofreu vandalismo desde sua condenação.

Em um ato de solidariedade familiar, Ana Lúcia, prima de Daniel Alves, foi vista limpando a estátua na noite de ontem (3). Ela expressou descontentamento com os atos de vandalismo, declarando que tais ações não representam a maneira correta de lidar com a situação. O episódio foi capturado e divulgado pelo perfil do Instagram @juanoticiass, gerando amplo debate nas redes sociais.

A controvérsia em torno da estátua, uma obra do artista plástico Leo Santana, que retrata Alves em tamanho real vestindo a camisa da Seleção Brasileira e com uma bola aos pés, reflete as divisões na opinião pública. Enquanto alguns defendem a remoção da estátua como resposta à condenação do jogador, outros argumentam pela preservação da obra até que todos os recursos legais sejam esgotados.

A prefeitura de Juazeiro emitiu uma nota afirmando que não tomará nenhuma decisão sobre o futuro da estátua até que o processo judicial de Daniel Alves esteja completamente resolvido. A postura do governo local visa a cautela diante de um tema jurídico e socialmente sensível, que despertou intensa discussão entre os moradores da cidade e nas plataformas digitais.

Este incidente não apenas destaca a complexidade de honrar figuras públicas envolvidas em controvérsias legais, mas também suscita um debate mais amplo sobre justiça, memória e o papel da arte no espaço público. Enquanto a comunidade aguarda o desenrolar dos eventos, o ato de vandalismo contra a estátua de Daniel Alves permanece como um símbolo potente das tensões entre legado e legalidade no Brasil contemporâneo.